terça-feira, 16 de novembro de 2010

Carlos César anuncia a integração das Pousadas de Juventude dos Açores numa rede internacional de pousadas



O Presidente do Governo dos Açores disse hoje que a futura Pousada da Juventude de Santa Maria constitui um forte estímulo do Governo para a recuperação e dinamização do centro histórico de Vila do Porto, tornando-se, mercê do seu potencial, uma unidade âncora desse processo.

Carlos César, que falava na cerimónia do lançamento da primeira pedra da obra, ligou o seu futuro funcionamento ao do Museu, que também se localiza na área, e ao do equipamento de apoio à infância que já está em fase de projecto, para antecipar uma maior dinâmica na vida local.

“Estas estruturas gerarão um maior fluxo de pessoas para o centro histórico, mais oportunidades e a melhor caracterização de um espaço igualmente privilegiado para residência. Ficamos satisfeitos por dar corpo a esta transformação em perspectiva e esperamos que os privados e as autarquias revelem idêntico empenho”, acrescentou.

A utilização de edifícios existentes para a instalação de Pousadas da Juventude – como aconteceu no Pico e está a ser feito em S. Jorge – foi também acentuada pelo governante como uma opção que preserva e revaloriza o património edificado, “tarefa, aliás, onde nos orgulhamos do bom desempenho do investimento público, com as mais variadas finalidades, desde a reutilização para fins habitacionais e económicos à instalação de equipamentos culturais e de apoio social.”

Por outro lado, a futura pousada virá, como quis sublinhar o Presidente do Governo, dinamizar do mercado local, “desde logo pela criação de sete novos postos de trabalho, mas também através da associação de empresas turísticas e de animação cultural locais que, em conjunto com a Pousadas da Juventude S.A., poderão e deverão reforçar a oferta recreativa dirigida aos jovens, fazendo uso do que Santa Maria tem para oferecer.”

Referindo que a opção por Santa Maria para a edificação de mais uma pousada teve que ver com a procura da ilha por parte dos jovens, revelou que, só considerando uma estimativa feita com base na compra de bilhetes por parte dos detentores do cartão Interjovem, essa procura é superior a três mil e quinhentos jovens por ano.

Carlos César manifestou-se certo de que tal procura trará sucesso ao empreendimento, “não afectando o mercado tradicional das unidades hoteleiras já existentes na ilha, dada a sua vocação específica. Pelo contrário, será mais uma infra-estrutura a transmitir notoriedade e atracção a Santa Maria.”

A Pousada da Juventude de Santa Maria, com uma capacidade instalada de cinquenta e oito camas, representa um investimento público global de cerca de dois milhões e meio de euros, repartidos pela aquisição de terrenos, estudos e projectos, construção e, numa fase posterior, arranjos exteriores e parque de estacionamento.

Como acentuou o Presidente do Governo, a obra marca o cumprimento dos compromissos do Governo, nesta legislatura, no que diz respeito à expansão da rede de Pousadas de Juventude nos Açores, que serão cinco, dentro de um ano e meio, oferecendo 323 camas.

Desde 2008, ano da abertura da Pousada do Pico, as dormidas, no conjunto das Pousadas da Juventude da Região, aumentaram cerca de 11%, prevendo-se que este ano ultrapassem as vinte e duas mil.

Esses dados e o facto de a empresa “Pousadas de Juventude dos Açores, S.A.” ter já apresentado resultados operacionais positivos levaram Carlos César a congratular-se com a consolidação de um mercado de turismo jovem complementar à oferta existente a outros níveis.

“Continuar a crescer neste segmento e assegurar a sustentabilidade destes projectos é, pois, fundamental”, disse o governante, que anunciou, a propósito, a integração das Pousadas de Juventude na Rede Internacional de Pousadas, designada por Hosteling International, a qual abrange países e regiões em quase todo o mundo.

Carlos César, que se disse convicto de que a Pousada de Juventude de Santa Maria será “um importante contributo para o crescimento das dinâmicas locais”, invocara pouco antes Max Elizabeth, recentemente falecido, “um amigo e um cidadão” que “tanto agitou e motivou sucessivas gerações juvenis marienses” e que, infelizmente, não poderá ver concretizado um projecto que também sonhara para a sua ilha.



GaCS/CT

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