segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Carlos César diz que Centro de Radioterapia dos Açores será um relevante serviço na área da saúde




O Presidente do Governo Regional qualificou esta manhã o futuro Centro de Radioterapia dos Açores de “empreendimento, que marcará, sem dúvida, uma evolução enorme na capacidade instalada nos Açores de oferta de cuidados de saúde.”

Presidindo à cerimónia da assinatura do contrato para a concepção, construção e exploração da referida unidade – que está avaliada em 34 milhões euros e que será instalada em terrenos adjacentes ao Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada –., Carlos César sublinhou que “será, sem dúvida, um dos mais sensíveis e relevantes serviços de saúde criados nos Açores, o qual o Governo muito se orgulha de assegurar a sua concretização.”

Como explicou, do funcionamento, nos Açores, do Centro de Radioterapia, resultarão grandes benefícios para os doentes oncológicos, que têm ainda de deslocar-se ao Continente para os tratamentos.

“Os nossos doentes passarão a dispor das condições para serem tratados em S. Miguel e ficarem mais perto dos apoios e do amparo dos seus familiares. Com este Centro de Radioterapia aliviar-se-ão, pois, grandes desconfortos de um ponto de vista humano e elevados custos financeiros para as pessoas, as famílias e o orçamento da Região”, disse.

No Centro de Radioterapia estima-se que cerca de 650 açorianos possam recorrer ao tratamento, o que significa, a uma média de vinte e cinco sessões por pessoa, um total de 16.500 sessões de radioterapia por ano e muitos milhares de dias de deslocações. No tocante à braquiterapia, poderá atingir cerca de cem sessões no início, prevendo-se, no entanto, que chegue às duzentas sessões dentro de poucos anos.

Por outro lado, com este Centro os Açores ficam também com capacidade para prestar estes serviços para além dos doentes do SRS, podendo, até, ser utilizado por empresas de seguros, ou outras, do exterior, para tratamentos.

O Presidente do Governo frisou, no entanto, que não é só no campo do tratamento oncológico que se tem procurado impulsionar a acção dos serviços de saúde, aludindo, por exemplo, aos rastreios a decorrer ou em preparação.

No caso do rastreio do cancro da mama, foram já rastreadas dezoito mil mulheres, num primeiro rastreio, estando já em preparação um segundo, e está em curso, também, desde Abril deste ano, em todas as Unidades de Saúde dos Açores, o Programa de Rastreio de Cancro do Colo do Útero, envolvendo cerca de setenta e cinco mil mulheres dos 25 aos 64 anos.

Em fase de programação está, do mesmo modo, o rastreio de cancro colo-rectal, que envolverá toda a população açoriana na faixa etária entre os 50 e os 70 anos, num total que rondará as cinquenta mil pessoas.

“São rastreios que constituem eixos da prevenção em saúde e que vão, certamente, permitir que muitas situações sejam detectadas a tempo de serem tratadas e muitas vidas sejam salvas”, afirmou Carlos César.

Revelando que serão em breve publicados os dados do Registo Oncológico relativos aos anos de 1997 a 2006, de forma a facilitar tarefas de investigação, avaliação, orientação e planeamento no sector da saúde, o governante realçou que é com esse tipo de medidas que se introduz mais qualidade e inovação e melhor oferta no sistema regional de saúde.

Chamou, no entanto à atenção para “uma criteriosa utilização dos recursos disponíveis”, de forma a ser possível, também, assegurar a oferta, a qualidade e a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde, que é tendencialmente gratuito.

“Todo o dinheiro que pouparmos nos nossos hospitais e centros de saúde, como, aliás, em tudo e em todos os lugares, e que seja investido em serviços aos açorianos, como este que vai permitir o tratamento do cancro nos Açores, é poupança bem justificada e bem empregue”, concluiu.



GaCS/CT

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