
O Presidente do Governo dos Açores disse esta tarde ser “fundamental, nesta fase em que se discutem documentos e planeamentos de importância crucial para os próximos anos – particularmente entre 2013 e 2020 – que a política regional seja uma política referencial neste novo período.”
Carlos César defendeu ainda que “as disponibilidades dos estados membros, daqueles que são contribuintes líquidos para o orçamento europeu, sejam uma vez mais canalizados, e de forma relevante – ou, pelo menos, percentualmente idêntica á do quadro anterior – para a política regional.”
Para o governante, “a construção da Europa coesa, do desenvolvimento, da inovação, da riqueza na diversidade, é feita, seguramente, através de um dos seus principais instrumentos financeiros, que é o da política regional e, como também tenho dito, entre esses instrumentos da política regional, o da cooperação e o do regime especial das regiões ultraperiféricas.”
Carlos César falava aos jornalistas, esta tarde, poucas horas antes da sua partida para Istambul, na Turquia, onde vai participar na Assembleia-Geral da Assembleia das Regiões da Europa (ARE), organismo que congrega mais de 270 regiões de 33 países do espaço europeu.
Desde os Açores, no Atlântico, a ARE inclui regiões dos 27 países da União Europeia e outras, de países terceiros, como Samara, nos Urais, na Rússia, e visa promover o regionalismo europeu e a influência das regiões europeias na construção da Europa.
Foi criada em Junho de 1985, tem sede em Estrasburgo e é presidida por Michèle Sabban, que nesta reunião de Istambul será reeleita para o cargo.
Como salientou Carlos César, esta assembleia a realizar em território turco tem um grande interesse para os Açores, que têm vindo a desenvolver todos os esforços no sentido de contribuir, em diversos os domínios, para a ideia e os desafios que presidem à Europa desejada para 2020.
Os Açores têm, de resto, um papel importante no âmbito da ARE, já que presidem, há dois anos, ao programa Eurodisseia, cargo desempenhado por Carlos César, que em Istambul verá ratificada a sua reeleição – por unanimidade e aclamação, em Setembro último, em Múrcia – para um novo mandato.
Foi própria Presidente, Michèle Sabban, que, numa carta dirigida aos presidentes de todas as regiões europeias, apelou a que apoiassem os Açores para um novo mandato na Presidência do Eurodisseia, para “ não quebrar o dinamismo que os Açores estão a impulsionar ao Eurodisseia”.
De facto, a Presidência açoriana promoveu, entre outros melhoramentos, o alargamento para cerca do dobro das regiões participantes, que agora são trinta e nove; normalizou os seguros para todos os participantes; criou um call-center permanente, da responsabilidade de uma companhia açoriana; criou um site interactivo comum a todas as regiões, concebido por jovens açorianos e mantido nos Açores; criou uma imagem comum a todas as regiões para o Eurodisseia, concebida e produzida nos Açores; e aproximou o programa da província canadiana Quebeque, que terá observadores nesta reunião de Istambul.
Carlos César referiu que a proposta de integração do Quebeque – aplaudida pelas regiões que já fazem parte do Eurodisseia – teve em vista redimensionar o programa, dando-lhe uma escala transcontinental.
“Eu penso que os Açores transformaram o Eurodisseia no programa juvenil mais prestigiado em toda a Europa, e como tal reconhecido, pelo que este terceiro ano de mandato, que agora estamos a iniciar, deverá ser marcado pela consolidação dessa perspectiva de alargamento, de qualidade e de influência deste programa”, afirmou.
Concluindo, o Presidente do Governo disse esperar que nesta assembleia da ARE, em que será também reeleito para o Bureu Político daquela Assembleia, os Açores confirmem a presença e a notoriedade que têm procurado ter nestes organismos europeus, “especialmente naqueles que convocam e realizam a cooperação inter-regional.”
GaCS/CT







Sem comentários:
Enviar um comentário