Carlos César reforçou hoje a ideia de que, no momento em que algumas empresas e famílias açorianas enfrentam dificuldades geradas pela crise que afecta o mundo, o país e a região, a prioridade do Governo Regional é apoiar essas empresas e essas famílias.
“É uma questão de opção. Na região, nós reunimos os nossos recursos disponíveis. Deixámos de fazer obras que tínhamos previsto no Estádio de S. Miguel, no valor de quatro milhões de euros, deixámos de fazer um estádio de futebol na ilha do Faial, cancelámos duas ou três estradas e canalizámos para a área social, para apoiar as famílias, para apoiar as empresas, por causa dessa dificuldade que nós vivemos”, precisou.
Admitindo que, no continente, “existem outras obrigações, têm de ser pagos submarinos, tem de ser feita uma ponte, tem de ser feita uma estrada”, acrescentou que “cada um gere os recursos conforme entende.”
O Presidente do Governo dos Açores falava no final de uma audiência que concedeu, esta manhã, à Direcção da Cáritas de São Miguel, presidida por José António Gomes, e realçava assim a estratégia que tem vindo a ser seguida pelo seu executivo, quer na acção directa consubstanciada nas medidas que tem vindo a implementar, quer no apoio às instituições particulares de solidariedade social.
“O combate à pobreza não é cíclico. É um combate permanente. Acentua-se, naturalmente, em situações de crise que sejam fomentadas por factores como o desemprego, mas a verdade é que há sempre novas razões para emergirem famílias pobres ou situações de desestruturação das economias familiares”, afirmou, adiantando que é para isso que existem os governos, bem como instituições como a Cáritas, as quais, financiadas por dinheiros públicos, colaboram na resolução desses casos.
Carlos César enalteceu, a propósito, a função relevante que a Cáritas tem tido nos Açores, em particular no que respeita à assistência e integração social, anunciando, na ocasião, que o Governo Regional vai apoiar o projecto de requalificação das actuais instalações da instituição em Ponta Delgada, nas quais a Cáritas acolhe pessoas sem abrigo e dispõe de um atelier de tempos livres (ATL) frequentado por 120 crianças.
GaCS/CT
Sem comentários:
Enviar um comentário