
Uma eficaz gestão de resíduos e a preservação da biodiversidade são essenciais para a sustentabilidade do arquipélago açoriano, defendeu hoje, na Praia da Vitória, o Director Regional do Ambiente.
João Bettencourt falava no decorrer do seminário “Turismo e Ambiente”, promovido pela Câmara Municipal, através da empresa municipal Praia em Movimento.
O director regional começou por lembrar que uma das principais riquezas, “se não a principal riqueza” dos Açores “tem a ver com os nossos recursos naturais”.
A preservação desses bens da natureza implica, desde logo, disse, “uma gestão eficaz dos resíduos em todas as ilhas” e é para atingir esse objectivo que “o Governo Regional está a realizar um forte investimento”, que continuará no próximo ano.
“É um aspecto fundamental”, no que respeita ao “nosso passivo ambiental”, fazer com que todas as ilhas façam essa gestão, com a colaboração de toda a população e das autarquias, no sentido de minimizar os riscos para as futuras gerações”, sublinhou.
Outro tipo de acções a cargo do executivo açoriano tem a ver com a preservação da biodiversidade, nomeadamente através do programa PRECEFIAS (Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies de Flora Invasora em Áreas Sensíveis), em curso há seis anos, em que é investida anualmente uma verba na ordem dos 500 mil euros, para proteger a flora natural.
João Bettencourt considerou, ainda, um passo fundamental, a criação Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, que agrupa áreas protegidas e classificadas, vizinhas ou sobrepostas, “em manchas territorialmente contíguas e com uma classificação clara, tendo como consequência uma gestão mais eficaz e eficiente dos espaços protegidos da Região”.
A Rede integra os Parque Naturais de Ilha e o Parque Marinho do Arquipélago dos Açores.
Sobre a relação do turismo com o ambiente, o Director Regional defendeu que são realidades que podem coexistir, tal como outras actividades económicas.
“A actividade turística e a economia em geral, em matéria de meio ambiente, devem ser dirigidas para o reconhecimento de que o crescimento económico, o crescimento turístico e a protecção do meio ambiente são objectivos compatíveis e complementares”, afirmou.
É o denominado “desenvolvimento sustentável”, que se baseia no princípio de que “é possível manter um ritmo de crescimento, sem que seja preciso hipotecar a capacidade das gerações futuras para fazer frente às suas próprias necessidades, sempre e quando produzam uma série de mudanças na sociedade, considerando o ambiente como um bem escasso que é preciso administrar adequadamente”, sublinhou João Bettencourt.
“Aplicada ao turismo, esta ideia traduz-se no «turismo sustentável», que pretende chegar a uma a situação de equilíbrio que permita ao sector do turismo funcionar com um critério de rentabilidade a longo prazo, mas não à custa dos recursos naturais, culturais ou ecológicos”, disse ainda.
GaCS/FA







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