segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Carlos César afirma que o Projecto SCUT anula a insularidade dentro da própria ilha de S. Miguel



O Presidente do Governo dos Açores realçou esta tarde o grande significado do investimento no projecto das estradas sem custos para o utente (SCUT) em curso na ilha de S. Miguel, manifestando-se convicto de que “representa o investimento na anulação das nossas dificuldades e dos obstáculos que se colocam aos Açores.”

Carlos César aludiu também à expressão que, de uma forma simbólica, o projecto SCUT assume na ilha de S. Miguel, sublinhando que – depois do esforço feito, a diversos níveis, para aproximar os açorianos uns dos outros, com a construção de portos e aeroportos ou com a redução de tarifas nos transportes aéreos – as novas estradas correspondem à necessidade de anular a insularidade dentro da própria ilha.

“É um investimento extraordinário”, disse aos jornalistas que acompanharam a visita que fez às obras do eixo Norte do projecto SCUT, apontando, como exemplo das vantagens do novo traçado, o facto de, no trajecto entre a zona dos Barreiros e a vila do Nordeste, o tempo de viagem ficar reduzido a um quarto do actualmente necessário, isto é, passará de cerca de uma hora para apenas quinze minutos.

Por outro lado, “do ponto de vista de segurança e de comodidade, em vez de fazermos as actuais 134 curvas, substituímo-las por dezasseis curvas suaves, aproximamos as freguesias e os concelhos entre si, criamos outra dinâmica de atractividade”, acrescentou o Presidente do Governo.

Carlos César disse, a propósito, esperar que os agentes económicos compreendam que “ter uma empresa sediada no Nordeste, no concelho da Ribeira Grande e nos outros concelhos que são abrangidos por esta iniciativa, é quase a mesma coisa do ponto de vista de custos, do ponto de vista de mobilidade e do ponto de vista de tempo.”

Para o governante – que vincou ser essa a grande ideia, promovendo a integração económica, a competitividade e a atractividade – “trata-se do maior investimento jamais realizado nos Açores e provavelmente durante muitos anos e para muitas gerações será o grande investimento realizado no nosso arquipélago.”

Aludindo a críticas vindas a público, Carlos César comentou que “se hoje alguém se pode queixar de que não lhe passou a SCUT à porta, a verdade é que existirão gerações e gerações que serão beneficiárias deste investimento que aproxima um extremo da ilha de S. Miguel ao outro.”

Por isso – e mesmo tendo em conta que “há sempre quem fale mal de uma obra” – não deixou de sublinhar que “essas são as pessoas que cuidam das pequenas coisas e uma obra desta natureza é feita com grande arrojo, corresponde a um grande investimento e persegue grandes objectivos.”

Chamando a atenção para o facto de as freguesias micaelenses já estarem ligadas umas às outras, o Presidente do Governo afirmou que a função das novas estradas é o da ligação entre os concelhos da ilha, num grande projecto que, sendo pago por todos os açorianos, pode levar, por exemplo, um mariense a interrogar-se sobre as razões que levam alguém a protestar quando se encontra a poucas centenas de metros e a menos de cinco minutos de uma estrada principal.

“Mas a história de futuro, que é a que me interessa, não é a contestação destes metros. A história que me interessa é o desenvolvimento que um empreendimento com esta dimensão, com esta qualidade e com este impacto pode dar aos Açores e às gerações vindouras”, concluiu Carlos César.



GaCS/CT

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