Texto integral da intervenção do Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vitor Fraga, proferida hoje, em Ponta Delgada, na cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação entre a Associação DNS.PT e a GLOBALEDA.
“É com grande satisfação que o Governo dos Açores se associa a este evento, que materializa a determinação de uma empresa que atua no mercado açoriano e de uma associação de âmbito nacional.
Esta parceria é exemplo do que se pretende ver nos Açores: a competência de uma empresa açoriana, que dinamiza novas áreas de negócio, associada às competências de uma instituição de índole nacional, com a responsabilidade da DNS.PT.
A assinatura deste protocolo é também mais um passo dado no caminho que os Açores têm vindo a percorrer, contando com a participação de todos, público e privado, rumo a uma integração plena e uma participação ativa no universo das comunicações e das novas tecnologias.
Os Açores, de uma forma geral, têm dado passos seguros e muito significativos na sua integração global.
Tal tem sido possível fruto de duas convicções levadas à prática: por um lado, a convicção de que os nossos jovens, quando mais bem formados e integrados num ecossistema favorável à inovação, são capazes de competir no mercado global; por outro lado, porque acreditamos que os Açores possuem vantagens competitivas, fruto da sua posição geográfica.
Hoje estamos mais bem preparados para esses desafios, tendo também a perfeita noção do caminho que ainda temos para fazer.
Só a união entre o Governo, as empresas, a sociedade do conhecimento, bem como com toda a sociedade açoriana, vai fazer com que possamos trilhar este caminho: um caminho de maior valor acrescentado para a nossa economia, capaz de abrir novos horizontes competitivos.
Tal como já dissemos publicamente, o Governo dos Açores assume o compromisso de, neste novo ciclo que está a começar e de acordo com o próximo Quadro Comunitário de Apoio, ser impulsionador de novos projetos tecnológicos, que criem novos produtos e valorizem o que já existe, fazendo assim com que possamos potenciar a criação de emprego, em especial para os mais jovens, cada vez mais qualificados para estas novas indústrias de serviços.
Neste sentido, permitam-me que destaque dois documentos estratégicos: a Agenda Açoriana para a Criação de Emprego e Competitividade Empresarial e a Agenda Digital e Tecnológica dos Açores.
Em relação ao primeiro documento, que está em plena execução e materialização, realço aqui os princípios dos novos sistemas de incentivo, onde a transformação do conhecimento para o mercado merecerá uma nova visão; a implementação do plano do empreendedorismo, onde as tecnologias emergentes tomam um papel fulcral no surgimento de novas empresas, e o Incuba Azores, que funcionando no futuro Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, facilitará o surgimento de novas dinâmicas, tipicamente lideradas por jovens com competências nas novas indústrias de serviços tecnológicos.
Em relação à Agenda Digital e Tecnológica, documento apresentado há pouco mais de um mês, podemos assumir que as 29 medidas previstas serão, no nosso entender, impulsionadoras de novos paradigmas no nosso mercado.
Com grande enfoque na alavancagem tecnológica das empresas, promoveremos o surgimento de um programa de captação de investimentos em infraestruturas tecnológicas, o InfraTech Azores +, programa este, que possuirá os mecanismos necessários para a implementação nos Açores de infraestruturas de alto valor tecnológico e geradoras de emprego fortemente qualificado.
Exemplo disto e que será agora sistematizado numa abordagem única, são as estações que estão a ser construídas em Santa Maria e na Graciosa.
O InfraTech Azores + será lançado no primeiro semestre de 2014 e está a ser desenhado de modo a que o Governo dos Açores seja parceiro ativo desses investimentos, criando mecanismos de incentivo e de facilitação.
Como é do vosso conhecimento, temos vindo a desenvolver nos últimos anos o Parque Tecnológico de São Miguel e já estamos a trabalhar para que o Parque Tecnológico da Terceira seja uma realidade.
Estes equipamentos são, no nosso entendimento, peças-chave para a criação de ecossistemas favoráveis ao surgimento de negócios inovadores, tecnologicamente integrados e evoluídos.
Serão igualmente fundamentais no desenvolvimento desta estratégia virada para a sociedade do conhecimento e da inovação, onde devemos ser mais ambiciosos e determinados.
Deste modo, lanço hoje o desafio às empresas de base tecnológica para que vejam esses parques como peças potenciadoras do seu desenvolvimento e aos jovens para levarem os seus projetos de negócio em diante.
No Governo dos Açores e nas infraestruturas que estamos a construir terão uma âncora para o desenvolvimento das suas ideias.
Com ambição, queremos que os Açores sejam capazes de serem cada vez mais atrativos.
No entanto, temos consciência de que a infraestrutura 'per si' não é suficiente para alargar o radar de penetração deste tipo de investimentos.
Deste modo, iremos também desenvolver medidas direcionadas para a transferência de conhecimento para as empresas, num regime de bolsas em contexto empresarial.
Esse regime, diferente do existente pois focará as suas atenções em mais de 80% nas empresas, permitirá que as interfaces mercado/universidade/centros de desenvolvimento seja feita de forma mais flexível, enquadrando-se nos novos paradigmas de criação de condições favoráveis aos ecossistemas empreendedores e criativos.
Com o novo quadro comunitário à porta, esta será uma das nossas “obrigações”: escolher, de forma inteligente, as áreas onde podemos ser diferenciadores e excelentes.
Com o Mar à porta e com o céu como limite, estamos convictos que podemos fazer dos Açores um local de referência nas novas indústrias tecnológicas”.
GaCS







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