segunda-feira, 20 de abril de 2015

Rodrigo Oliveira destaca, na China, importância dos movimentos migratórios no desenvolvimento das sociedades contemporâneas

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas destacou, na China, a importância de “valorizar o papel que as diásporas e os movimentos migratórios desempenham no progresso e desenvolvimento das sociedades contemporâneas”, apontando o exemplo dos Açores, onde “Governo e associações trabalham em grande proximidade com as comunidades açorianas emigradas, mas também com as de mais de 70 diferentes nacionalidades” que residem no arquipélago.

“Muitos defendem que a integração numa nova sociedade deverá representar um afastamento das raízes, nomeadamente por força da integração nas novas sociedades, mas a verdade é que é possível - e as comunidades açorianas assim o demonstraram ao longo dos tempos - que as comunidade emigradas se integrem plenamente numa nova cultura e num novo país, mantendo, não apenas a sua identidade, mas também uma ligação muito importante à comunidades de origem”, defendeu Rodrigo Oliveira, numa intervenção domingo na reunião do International Steering Committee da organização Metropolis, que decorreu na cidade de Shenzhen.

Rodrigo Oliveira apresentou perante representantes da Alemanha,  Austrália, Áustria, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda, Índia, Japão, Luxemburgo, México, Suíça e Turquia as diversas ações e os inúmeros projetos sobre as temáticas da emigração, imigração e comunidades que o Governo dos Açores tem desenvolvido ao longo dos anos, através ou com o apoio da Direção Regional das Comunidades, destacando “o princípio de parceria e de grande proximidade com as mais diversas organizações e associações, da Região e do estrangeiro”.

Nesse contexto, destacou a ação das Casas dos Açores e o caráter inovador do seu Conselho Mundial, salientando que a Região, “por força da ação dos seus órgãos de governo próprio, ao longo de quatro décadas de Autonomia procurou manter e reforçar fortes laços comunicacionais e culturais entre os Açores e a diáspora, explorando também novas formas e contributos das comunidades emigradas para o desenvolvimento dos Açores de hoje”.

“Devido a esta ligação afetiva das diásporas açorianas do Brasil, Uruguai, Estados Unidos da América, incluindo o Estado do Havai, Bermuda e Canadá, assumimos a responsabilidade de assegurar que tal relação seja catalisadora para outras áreas, nomeadamente económicas, turísticas, políticas, entre outras”, afirmou.

“Se, numa primeira instância, as nossas relações consistiam na preservação e divulgação da cultura açoriana no mundo, o certo é que percebemos – Governo e diáspora - que seria possível expandir este relacionamento em áreas de interesse comum e adaptadas aos novos desafios dos tempos de hoje”, salientou Rodrigo Oliveira.

Na sua intervenção, frisou que os Açores sempre foram “simultaneamente, um ponto de partida e de chegada”, com uma história marcada “na sua génese e ao longo dos tempos, até finais do século XX, por sucessivas e expressivas vagas de emigração”, mas que hoje são “uma região que acolhe uma vertente multi e intercultural de expressiva relevância e crescente importância, fruto do bom acolhimento da sociedade açoriana, bem como do reconhecimento do contributo dos imigrantes para o desenvolvimento dos Açores”.

O International Steering Committe (ISC) é o órgão de coordenação permanente da organização Metropolis, uma rede internacional de investigação, desenvolvimento e proposição de políticas sobre migrações, diversidade e integração, constituída por organizações de mais de duas dezenas de países da Europa, América, Ásia e Oceania.

No âmbito desta participação na China, Rodrigo Oliveira integrou igualmente a Mesa Redonda sobre Migrações Internacionais, promovida pela China Association for International Exchange of Personnel, que debateu a dinâmica das mobilidades atuais aliadas aos índices de desenvolvimento económico nas diversas partes do globo.



GaCS

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