Falando no decorrer das IV Jornadas de Reflexão de Animação Turística, uma iniciativa conjunta da Associação Regional de Turismo e do Instituto Açoriano da Cultura, o governante defendeu que os traços mais característicos da tradição cultural açoriana "não podem nem devem ser vistos isoladamente do contexto histórico em que se desenvolveram”.
Citando a propósito Vitorino Nemésio, quando afirmava que "a geografia, para nós, vale outro tanto como a história, e não é debalde que as nossas recordações escritas inserem uns cinquenta por cento de relatos de sismos e de enchentes", Fagundes Duarte defendeu que esta célebre frase adquire hoje "o seu mais profundo significado”, pelo que “a cultura não pode ser vista isoladamente do ambiente natural”.
Na verdade, adiantou, a cultura tem que ser vista "como transversal a toda uma política que tenha a população por objecto e destinatário primeiro". Por isso, também é necessário "desenvolver-se uma política concertada entre a cultura e o ambiente, tendo em conta que estes setores se encontram intimamente ligados e são interdependentes".
Neste sentido, para o titular da SRECC, é necessário “criar-se as sinergias necessárias para que a cultura e o ambiente desempenhem um papel central na política para o setor do turismo”.
Assim, concluiu Fagundes Duarte, o turismo, enquanto atividade económica que "permite aproveitar e rentabilizar o património cultural e natural das nossas ilhas, terá um papel fundamental" no arquipélago.
Anexos:
2012.11.16-SRECC-JornadasReflexãoAnimaçãoTurística.mp3
GaCS
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