O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos apoia o projecto “A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker) nos Açores: Monitorização dos voos de Dispersão e prevenção da colonização”.
O financiamento da segunda fase do projecto de investigação ultrapassa os 180 mil euros. Durante dois anos, uma equipa de investigadores da Universidade dos Açores irá aprofundar o estudo sobre a infestação das térmitas na Região e efectuar uma monitorização permanente à escala regional.
O projecto “A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker) nos Açores: Monitorização dos voos de Dispersão e prevenção da colonização” pretende, acima de tudo, identificar a extensão geográfica da infestação da térmita C. brevis, de forma a propor estratégias de controlo a curto, médio e longo prazo, à escala do Arquipélago.
O estudo do comportamento desta espécie, em especial durante os voos de dispersão, com possíveis estratégias para a gestão da praga e a utilização da informação obtida em campo para a simulação de prováveis cenários de dispersão da C. brevis através de um modelo de Autómatos Celulares (AC), são outros dos objectivos centrais do campo de investigação.
A mesma equipa irá dinamizar o portal das térmitas açorianas (sostermitas.angra.uac.pt), e espera identificar práticas de risco e de gestão da infestação accionadas pelos cidadãos. O site pretende ser uma fonte de informações para manter os cidadãos com dados actualizados constantemente sobre o conteúdo dos trabalhos realizados na área da monitorização e controlo da praga.
O projecto tem uma forte componente de aplicação através do qual se procura obter, além dos indicadores habituais – publicações, artigos, comunicações, etc - , mapas de Risco em SIG, em cada ilha dos Açores, com indicação das áreas mais infestadas, e a respectiva listagem das localidades e ilhas açorianas com a presença da Térmita C. brevis.
Esta análise aprofundada irá garantir o estudo da origem das colonizações das térmitas nas várias ilhas, além da indicação do comprimento de onda de luz que é preferido pelas térmitas aladas da espécie, com possível aplicação para o uso de armadilhas, a serem usadas no interior das casas.
A indicação das madeiras mais resistentes à infestação e a elaboração de um conjunto de recomendações que ajudem a fundamentar os conteúdos das medidas de comunicação de risco a introduzir posteriormente são outros dos resultados propostos na execução do projecto.
GaCS/VS
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