quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Programa Regional de Saúde Mental concluído em breve




A directora regional da Saúde anunciou hoje, em Ponta Delgada, que o Programa Regional de Saúde Mental, inserido no Plano Regional de Saúde 2009/2012, deverá estar concluído a breve trecho, nos Açores.

Na cerimónia de abertura do I Ciclo de Conferências da Casa de Saúde de Nossa Senhora da Conceição sobre “”Saúde Mental: A realidade de hoje versus a realidade de amanhã”, Sofia Duarte esclareceu que aquele programa visa normalizar uma abordagem abrangente dos serviços prestadores de cuidados de saúde junto da população que sofre de patologias do foro mental, promovendo o seu adequado diagnóstico e tratamento.

Considerou, também, que esta matéria tem sido uma preocupação no âmbito das políticas de defesa e promoção da saúde em curso nas ilhas e referiu, a título de exemplo, o Decreto Legislativo Regional 5/2007/A que define os princípios orientadores da organização, gestão e avaliação dos serviços de saúde mental no arquipélago.

Defendeu, por outro lado, uma maior tomada de consciência de que a Saúde Física e Mental são indissociáveis e revelou que das 10 principais causas de incapacidade em todo o mundo, cinco são provocadas por doenças mentais.

Aquela responsável, adiantou que mais de 20 por cento da população adulta sofre de algum problema de saúde mental ao longo do seu ciclo vital e disse que a depressão grave é considerada actualmente a principal causa de incapacidade em todo o mundo, situando-se no quarto lugar de entre as 10 principais causas de carga patológica mundial.

Sofia Duarte afirmou, igualmente, que as doenças mentais são, ainda, a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 patologias e problemas de saúde mais relevantes, sendo muito elevados os custos pessoais e sociais da doença.

Frisou que uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão, estimando-se que em cada 100 pessoas 30 sofram ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12 tenham uma doença mental grave.

Na opinião da directora regional da Saúde, factores genéticos, infecciosos ou traumáticos, entre outros, podem também estar na origem de doenças mentais graves e admitiu que o estigma e a discriminação são ainda considerados os principais obstáculos ao tratamento, reabilitação e reinserção do doente mental.



GaCS/CM

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