sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vítor Fraga enaltece movimento cívico pela preservação da memória dos cabos submarinos

O Secretário Regional do Turismo e Transportes destacou hoje o trabalho desenvolvido pelo Grupo dos Amigos da Horta dos Cabos Submarinos, que, “enquanto movimento cívico, tem desenvolvido com sucesso a reabilitação do património desses tempos, relembrando e trazendo para o presente a memória de um passado que tanto marcou a vida socioeconómica dos faialenses”.

Vítor Fraga, que falava na cerimónia que assinalou o 120.º aniversário da instalação do primeiro cabo submarino, na cidade da Horta, salientou também a iniciativa deste grupo de cidadãos na construção de um memorial junto ao local onde se concretizou a “amarração” do primeiro cabo submarino.

“A construção deste memorial, que se iniciará ainda no decorrer deste ano, surge da conjugação plena de esforços entre o Governo dos Açores e a sociedade civil, que, ao abraçar este projeto, dá um excelente exemplo da participação cívica em prol da sua terra”, frisou o Secretário Regional, que recordou ainda o apoio do Executivo na preservação e perpetuação desta memória, tendo, em 2012, classificado como bem imóvel de interesse público o conjunto edificado conhecido como 'Colónia Alemã' e fixado a sua respetiva zona de proteção, além de ter assumido o compromisso de cedência da 'Trinity House', após as obras em curso, para a instalação de um núcleo museológico dos cabos submarinos.

O primeiro cabo telegráfico submarino foi lançado a 23 de agosto de 1893, ligando Carcavelos à Horta e desta cidade açoriana ao resto do mundo, iniciando-se assim um ciclo que atingiria o seu apogeu em 1928, com a instalação nesta cidade de 15 cabos ligados aos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Itália, França, Alemanha e Cabo Verde, e que só terminaria em 1969, quando o sistema se tornou obsoleto com a chegada dos cabos coaxiais.

Vítor Fraga frisou, por isso, que esta “foi uma época de glória para a ilha do Faial, que deixou para a posteridade um legado patrimonial valioso, tanto tecnológico como urbanístico, que tem de ser preservado e valorizado, para que este importantíssimo ciclo da vida e história faialense não seja nunca esquecido, mas, pelo contrário, enaltecido e valorizado”.

“Iniciativas como esta do Grupo de Amigos da Horta dos Cabos Submarinos fazem todo o sentido, porque mantêm viva esta nossa memória coletiva”, frisou Vítor Fraga.

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GaCS

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