Realiza-se amanhã, dia 26, pelas 18 horas, na Sala de Reservados do Palácio Bettencourt, mais uma das conferências que a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo tem vindo a organizar em parceria com o Centro de História de Além-Mar (CHAM), desta vez sobre a importância e a especificidade das rotas atlânticas para entender a formação do Estado do Maranhão e Pará (região que corresponde aproximadamente Amazónia brasileira), no século XVII.
O ciclo de conferências Oceano de Histórias: novos caminhos da história do Atlântico visa ilustrar alguns dos rumos actuais da historiografia, buscando divulgar uma nova perspectiva sobre a história do mundo atlântico português e, inevitavelmente, da sua dimensão insular.
Nesta comunicação, Rafael Chambouleyron falará sobre o facto de, ao contrário das outras conquistas portuguesas na América, as interacções atlânticas da região amazónica se terem consolidado no que se poderia chamar Atlântico equatorial e no Atlântico norte.
Neste contexto, os arquipélagos atlânticos – Açores, Madeira e Cabo Verde –, ganharam uma importância singular, não só como entreposto para a navegação entre a região amazónica e o reino, mas igualmente como fornecedores de povoadores, soldados e escravos para a conquista.
Nesse sentido, como região administrativa independente do Estado do Brasil, o Estado do Maranhão e Pará articulou-se ao restante do império português por meio de outras lógicas, que não as do Atlântico sul.
Rafael Chambouleyron fez estudos universitários na Universidade de Campinas, em seguida na Universidade de São Paulo, onde obteve o mestrado, e doutorou-se em Cambridge, na Grã-Bretanha. É docente na Universidade Federal do Pará, em Belém. É membro do CHAM – Centro de História de Além-Mar (Universidade Nova de Lisboa / Universidade dos Açores).
GaCS/FA/BPARAH
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