Na tarde de Domingo, arrojou na freguesia dos Mosteiros, ilha de São Miguel, um golfinho da espécie golfinho-de-Risso. Prontamente, a aliança dos meios técnicos e humanos das várias entidades envolvidas, nomeadamente a Polícia Marítima, biólogos da Universidade dos Açores, elementos do SEPNA e da GNR e Vigilantes da Natureza afectos ao Parque Natural de São Miguel permitiram devolver ao mar, ao fim de um par de horas, aparentemente ileso, o golfinho encalhado junto às piscinas naturais. O trabalho exigiu manter a vida do animal enquanto esteve em terra, ou seja, proteger do Sol e manter a pele hidratada.
Para o Director Regional dos Assuntos do Mar, Frederico Cardigos, “este evento serviu para demonstrar que a Rede de Arrojamento de Cetáceos dos Açores está a funcionar. Num Domingo, apesar de dia de descanso, foi colocada muita energia no salvamento deste golfinho e ficou patente que, com todos, se consegue fazer a diferença.”
Segundo José Azevedo, da Universidade dos Açores, “apenas os próximos dias poderão confirmar se este animal se conseguiu salvar. Dado que as razões do arrojamento não são conhecidas, não sabemos se seria um problema pontual ou algo que se irá intensificar. Fizemos o que estava ao nosso alcance e, com alguma sorte, contribuímos para salvar um golfinho.”
Este animal pertence à espécie Grampus griseus também conhecido por “grampus”, “golfinho-de-Risso” ou, na zona Sul de São Miguel, “boto”. Este animal tem uma população ampla a nível mundial, mas é apenas facilmente visível em volta das ilhas oceânicas. Com a idade, o tom acinzentado da pele vai-se esbranquiçando tendo os adultos um aspecto que roça o albino. Estes animais são predadores alimentando-se de pequenos peixes e lulas. Na Ilha do Pico constitui já um recurso económico bastante importante para a actividade de observação de cetáceos.
GaCS/SF/DRAM
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