O projecto de construção das novas instalações da Escola Profissional da Praia da Vitória foi apresentado esta quinta-feira, naquela cidade terceirense, uma obra que vai custar cerca de 7,5 milhões de euros.
Na cerimónia de apresentação pública, a que presidiu, em representação do Presidente do Governo, Carlos César, a Secretária Regional da Educação e Formação disse que se trata de “um projecto marcante para o desenvolvimento do concelho, da ilha Terceira e dos Açores”.
Lina Mendes recordou que, desde 1998, se verificou “um significativo esforço de promoção do ensino profissional, o qual se traduziu no apoio ao funcionamento dos cursos e à construção ou ampliação de infra-estruturas, bem como ao acompanhamento em termos pedagógicos”.
No caso da obra agora apresentada, a governante sublinhou a qualidade e o enquadramento, “localizada” numa zona nobre da cidade”, com capacidade para 400 alunos e “com diferentes espaços, de entre os quais se destaca um laboratório, uma cozinha industrial, restaurante e bar pedagógicos e varias oficinas”.
Lina Mendes reconheceu o bom trabalho que aquela escola profissional vem desenvolvendo, apesar dos constrangimentos causados pelo facto de trabalhar em cinco lugares diferentes, todos eles adaptados.
“A gestão administrativa e pedagógica, a experiência dos formadores e a qualidade dos cursos ministrados pela Escola Profissional da Praia da Vitória fazem desta escola uma referência no âmbito do ensino profissional nos Açores”, disse mesmo.
Neste ano lectivo, a escola lecciona 15 cursos de formação inicial, com cerca de 270 alunos, 14 cursos Reactivar com mais de 200 formandos, e várias acções para activos, tendo já envolvido 1.700 trabalhadores em mais de 10 mil horas de formação.
A Secretária Regional revelou, também, que, no âmbito do programa Pro-Emprego, “esta escola viu, desde 2008, aprovadas diversas candidaturas que totalizam um montante próximo dos 13 milhões de euros”, acrescentando que, dos 30 projectos apresentados, “23 foram aprovados e quatro estão em análise”, o que revela “ dinamismo e eficiência de gestão”.
Lina Mendes manifestou, por outro lado, a sua convicção de que o ensino profissional, “pelas potencialidades que oferece, quer em termos académicos, quer profissionais, tem de ser uma das vias privilegiadas no alargamento da escolaridade obrigatória para os 18 anos de idade”.
Na Região existem 18 escolas profissionais, várias escolas do ensino regular e diversas entidades formadoras que no seu conjunto proporcionam 162 cursos desde o nível 1 (equivalente ao 6º ano de escolaridade) até ao nível IV (cursos de Especialização Tecnológica, de nível pós-secundário). “Esta diversidade de oferta, só este ano lectivo, permitiu a entrada de cerca de 3.200 novos alunos”, sublinhou a governante.
Outro dado significativo revelado na ocasião é o facto de a taxa de ingresso no mundo do trabalho ser de “cerca de 80%, sendo que mais de 10% dos alunos prosseguem estudos universitários”.
“O Governo Regional, através da Direcção Regional da Educação e Formação e da Direcção Regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor tem procurado garantir a qualidade da oferta formativa, o apoio financeiro ao funcionamento dos cursos e a sua adequação às necessidades do mercado de trabalho, de acordo com os dados provenientes do Observatório do Emprego”, disse ainda Lina Mendes.
Este esforço conjunto, acrescentou, “tem-se revelado fundamental para a formação dos jovens, para a crescente qualificação dos trabalhadores e para o aumento dos níveis de produtividade na Região” como prova o facto de, entre 2001 a 2007, “mais de 12 mil jovens açorianos terem contribuído para que o nível de produtividade, por trabalhador, nos Açores, tenha aumentado em cerca de cinco mil euros por ano”.
Participaram, também, na cerimónia de apresentação do projecto, a Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques, o Presidente da Câmara Municipal, Roberto Monteiro, e o Director da escola, Domingos Borges.
GaCS/FA
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