terça-feira, 23 de novembro de 2010

Governo dos Açores contribui para preservação e expansão da Floresta Autóctone



A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas produz, anualmente, mais de 250 mil plantas endémicas, em todas as ilhas, possuindo neste momento, em nove viveiros florestais mais de 500 mil plantas endémicas das espécies, azevinho, cedro-do-mato, faia da terra, folhado, ginja do mato, louro, pau-branco, queiró, sanguinho, tamujo, urze e uva-da-serra.

O incremento de espécies endémicas na Região foi potenciado para implementação dos planos de Ordenamento das Bacias Hidrográficas das Furnas e das Sete Cidades, em São Miguel e das bacias hidrográficas na ilha do Pico.

Estas plantas são ainda utilizadas na arborização dos taludes das SCUTS, reconversão florestal de áreas de difícil explorabilidade e de elevado risco de erosão e reabilitação de ecossistemas florestais naturais degradados.

O Governo dos Açores está também a apostar na inovação do processo de produção das espécies endémicas florestais, através de um estudo em curso na Universidade da Dalarna, na Suécia e na divulgação da importância destas espécies na biodiversidade das nossas ilhas, com a construção do Centro de Multiplicação de Plantas, na Reserva Florestal de Recreio do Pinhal da Paz.

Este Centro para além ser um viveiro vocacionado para a produção anual de 1,5 milhões de plantas endémicas, terá também valências na área de tratamento e armazenamento de sementes e um Centro de acolhimento aos cerca de 80 mil visitantes que o Pinhal da Paz recebe anualmente, e terá a função de Observatório de Ciência Florestal.

Também na ilha Terceira, está praticamente concluído o Viveiro Florestal de Espécies Autóctones, constituído por um viveiro, para produção de endémicas e um centro de divulgação florestal, dedicado à floresta autóctone dos Açores.

O Governo dos Açores iniciou em 1994 a produção de espécies endémicas nos seus viveiros, sendo que, numa fase inicial estas plantas eram utilizadas pelos próprios serviços para arborização dos seus Parques Florestais e para a concretização do projecto “Life Priolo” - promovido pela Direcção Regional dos Recursos Florestais - com uma produção de cerca de 35 mil plantas anualmente.

Nos processos de produção é dada preferência à multiplicação por via seminal, já que é aquela que garante uma maior variabilidade genética e em espécies com menor disponibilidade de semente ou com menor capacidade germinativa recorre-se a métodos de multiplicação vegetativa, nomeadamente a estacaria.

Ao longo da última década tem havido um grande investimento na investigação, ao nível da produção, com recurso a processos inovadores, como é o caso da hidroponia.

A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas tem disponibilizado estas espécies endémicas, de forma gratuita, a instituições de ensino, autarquias, juntas de freguesia e outras instituições, num total de 60 mil plantas, valor que representa apenas 15 por cento da disponibilidade de plantio em viveiro.


GaCS/MS

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