Carlos César considerou muito positivo o balanço do programa de mobilidade profissional Eurodisseia, que os Açores lideram desde há já cinco anos.
O Presidente do Governo dos Açores, que é também Presidente do Eurodisseia, falava na sessão desta manhã da Assembleia-Geral da Assembleia das Regiões da Europa (ARE), a decorrer em Ponta Delgada, e começou por lembrar que o programa teve o seu início em Setembro de 1985, sendo não só o primeiro programa de mobilidade profissional na Europa, como, também, o único entre Regiões da Europa e de sua responsabilidade, e não entre Estados.
“O Eurodisseia procura promover, em simultâneo, a mobilidade e a empregabilidade dos jovens das várias Regiões envolvidas, ao mesmo tempo que se afirma como um instrumento de cooperação entre essas regiões”, sublinhou.
Historiando o percurso da sua presidência no Eurodisseia, revelou que o programa foi apresentado em trinta e oito comissões de vinte e nove regiões europeias e que mais de dez mil jovens contactaram o Eurodisseia, cerca de metade dos quais estagiaram, movimentando mais de 15 milhões de euros em bolsas e apoios para estágios em mais de duas mil empresas europeias.
Por outro lado, o Eurodisseia aproximou-se de vários outros programas comunitários, como o Leonardo da Vinci e a rede EURES, quase duplicando, entretanto, o número de regiões participantes, que passaram de vinte e seis para quarenta e duas no decurso da presidência de Carlos César.
A propósito, lembrou que recentemente aderiram a região austríaca de Coríntia, a região de Gúria, da Geórgia, e Karlovac, da Croácia, estando a ser aprontadas as adesões da região turca de Istambul, das Astúrias, de Espanha, de Donegal, da Irlanda, e da região polaca da Silésia.
O Eurodisseia tem também participado nas diferentes Universidades de Verão europeias, disse Carlos César, que anunciou a realização, no próximo mês de Agosto, nos Açores, da Summer School da Assembleia das Regiões da Europa, subordinada ao tema “Desafios Globais, Oportunidades Regionais”.
Outro projecto em curso é o de um estudo sobre o impacto na empregabilidade dos jovens profissionais que atravessam o Eurodisseia, cujos dados estão agora a ser recebidos e tratados, para posterior informação a todas as regiões participantes.
Considerando que o programa pode ser uma importante ferramenta de cooperação externa, o Presidente do Governo dos Açores e do Eurodisseia deu, como exemplo, a cooperação com o Québec e outras possíveis colaborações, como é o caso da Tunísia, e revelou ter recebido contactos de entidades oficiais de países como o México, Marrocos, Paquistão, Senegal e Austrália, procurando informação sobre o Eurodisseia.
“Apesar das dificuldades e das incertezas que vivemos, no plano internacional e no plano europeu, não podemos descurar uma das dimensões mais importantesdo nosso futuro colectivo: justamente, a do investimento no emprego e na juventude. O Eurodisseia é um utensílio eficaz dessa aposta incontornável”, afirmou Carlos César.
GaCS
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