Os investimentos do Governo dos Açores continuam a destacar o sector agro-florestal regional como “estratégico no qual assenta grande parte da nossa dinâmica social e da nossa capacidade de gerar riqueza e crescimento”, afirmou Noé Rodrigues, na apresentação do Plano de investimentos para 2012.
Apesar do clima de dificuldades económicas e financeiras actuais, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou um investimento de 153,6 milhões de euros para o sector, em 2012, mantendo as intervenções que promovam a sua competitividade dando prioridade ao acompanhamento dos investimentos privados, em particular na área produtiva, aprofundando o poder de exportação das fileiras do leite e da carne e fomentando a redução de importações pela substituição progressiva de produções locais.
O Governo vai continuar a trabalhar de forma a valorizar o mundo rural, que "a par do apoio às suas gentes e agentes, continuará a receber todo o possível investimento na melhoria das infra-estruturas de apoio à actividade agrícola", nomeadamente no âmbito do ordenamento agrário.
Os sub-sectores do leite e da carne continuam a ser actividades estratégicas no seio da agricultura açoriana e das opções de política do Governo sendo “claramente o motor da nossa economia agrária, quer pelo que representam do ponto de vista social, quer pela riqueza directa e indirecta que geram, quer ainda pela ocupação e gestão que fazem do nosso território”, sublinhou.
Noé Rodrigues fez questão de relembrar o “dinamismo, dimensão e capacidade empreendedora destas duas fileiras de produção que guardam testemunho nos mais de 1130 projectos de investimento submetidos ao PRORURAL, ascendendo a cerca de 50 milhões de euros, valores que dão uma boa ideia da importância da nossa produção animal”.
Quanto às produções na área da diversificação, o governante acredita que vão continuar a acentuar-se, como provam os investimentos feitos no actual Quadro Comunitário de Apoio sendo “testemunho o número de projectos submetidos ao PRORURAL nestas áreas (68) e o volume de investimento neles previstos, que ascendendo a cerca de oito milhões de euros, representam quase quatro vezes mais do que todo o investimento realizado nestas áreas no quadro comunitário anterior" (2,2 milhões de euros).
O Programa de Desenvolvimento Rural dos Açores destaca-se por ter a melhor execução nacional, quer nas taxas de compromissos assumidos (68 por cento), quer nas taxas de execução material e financeira que, até ao final do ano, deverá atingir os 50 por cento, o que “revela a confiança dos nossos empresários agrícolas, que acreditam e que por isso continuam a investir na agricultura dos Açores”.
Desta forma, o Governo dos Açores vai prosseguir e melhorar as estratégias de apoio ao investimento, ao rendimento dos agricultores e na sua formação profissional, para além do apoio às organizações empresariais do sector, em especial às que direccionam as suas apostas para a exportação, produção de produtos de qualidade ou para a diversificação de produtos.
Na horticultura, fruticultura, floricultura ou viticultura, cuja dotação orçamental aumenta 140 por cento face ao ano anterior, o Governo dos Açores pretende corresponder aos projectos apresentados, muitos já aprovados e que na sua grande maioria serão executados e pagos pelo Plano que está agora em análise.
Noé Rodrigues disse ainda ser importante “continuar a reforçar a capacidade organizacional destas produções, melhorando o seu acesso aos mercados e de neles afirmar a sua singularidade e qualidade”.
GaCS
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