quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Governo diz que os resíduos devem ser geridos como um recurso que são


O Secretário Regional do Ambiente e do Mar defendeu terça-feira à noite no parlamento açoriano a criação no arquipélago de um “mercado de resíduos”, que permita a sua valorização.



Para Álamo Meneses, que participava nos debates sobre as propostas de Plano Anual Regional e de Orçamento da Região para 2012, “os resíduos são cada vez mais um recurso e é como recurso que têm que ser geridos”.


“Há espaço para que a economia absorva uma parte importante dos nossos residios, que os valorize, que os transforme noutras matérias, que os reutilize, ou, nos cados em que tal não seja possível, que se dê um adequado destino final, do ponto de vista do seu aproveitamento energético”, assegurou o governante.


Segundo indicou Álamo Meneses, os resíduos continuam a ser o “maior problema ambiental” das ilhas, razão pela qual a Secretaria Regional do Ambiente e do Mar tem vindo a direcionar os principais investimentos.

Conforme referiu, o Governo Regional assumiu o compromisso de “fazer a gestão dos resíduos” em sete ilhas, sendo que em seis delas – na Graciosa e nas Flores, por exemplo, os centros de processamento já estão concluídos – os respectivos investimentos “estão numa fase muito avançada”.


Falta dar continuidade aos projectos de São Miguel e da Terceira, que são feitos em parcerias com as autarquias, mas, também aqui, já temos o licenciamento concluído, no primeiro caso, e, no segundo, está em apreciação o estudo de impacte ambiental, esclareceu o governante.


Na área da conservação da natureza, o Secretário do Ambiente e do Mar referiu que a principal aposta será dirigida à operacionalização dos parques naturais de ilha, bem como à realização de operações de manutenção da biodiversidade e de melhoria de algumas áreas que precisam de recuperação.


Quanto aos recursos hídricos, Álamo Meneses adiantou que o investimento governamental no próximo ano vai privilegiar sobretudo o combate às causas de degradação da água, incidindo em particular sobre a “requalificação das bacias hidrográficas e na mudança do uso das terras de forma a garantir a qualidade das águas a jusante”.


Relativamente à área da energia, onde a EDA tem um plano de investimento da ordem dos 40 milhões de euros, o Secretário do Ambiente e do Mar indicou como aposta do Governo a “melhoria da eficiência energética”, já que “ainda temos um longo caminho afazer na utilização racional de energia”.


Garantiu também que “vão ser mantidos e acentuados” os programas de substituição do uso de combustíveis fósseis nos Açores, em particular da substituição do uso de gás butano.


Para Álamo Meneses, este Plano Anual Regional, na área do ambiente, visa essencialmente “dar corpo a um conjunto de políticas que têm como objectivo último a sustentabilidade do nosso desenvolvimento, a melhoria da qualidade ambiental e a melhoria do usufruto do ambiente”.


Conforme argumentou, “o ambiente não pode ser encarado como algo de estático, como um conjunto de impedimentos”, devendo antes ser entendido como “um recurso que está a montante de praticamente todas as actividades económicas” e como “garantia da qualidade de vida de quem vive nestas ilhas”.



GaCS

Sem comentários: