sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Carlos César diz que a União Europeia tem de garantir a defesa da sua própria diversidade


O Presidente do Governo dos Açores defendeu esta manhã que a Europa não tem outro caminho que não seja o de se manter fiel ao seu lema de unidade na diversidade.



Falando perante mais de 260 representantes das regiões que compõem a Assembleia das Regiões da Europa (ARE), que hoje terminaram os trabalhos da sua Assembleia-Geral Açores 2011, Carlos César começou por chamar a atenção para a necessidade de, perante a crescente globalização, competir aos poderes políticos “redistribuir os seus benefícios, aliviar as suas desvantagens, convocando quem pode contribuir e ajudando quem precisa de ser apoiado.”

Para o governante, sendo essa a solidariedade exigente e justa a alcançar na União Europeia, tem de haver uma atenção especial dos vários níveis de decisão política.

“Ou seja, a Europa que se afirma globalmente, deve permanecer, a par da sua projecção mundial, fiel ao seu lema de “unidade na diversidade” e aos objectivos da coesão económica, social e territorial do seu todo”, sublinhou.

A solidariedade na União Europeia é, pois, na sua opinião, fundamental para que fique assegurada a defesa e consideração das suas diferenças no próprio mercado interno.

“Não há, assim, outro caminho para que a União seja efectivamente unida, que não o da adopção de políticas que visem não apenas potenciar o impacto positivo da globalização no crescimento económico, como compensar os territórios e populações mais desfavorecidos e vulneráveis nesse contexto competitivo emergente”, realçou.

Afirmando-se convicto de que é essa a mensagem que sai desta Assembleia-Geral da ARE realizada nos Açores, Carlos César justificou com o expresso apelo ao reconhecimento da relevância e defesa do Poder Regional, da descentralização e da subsidiariedade, como pilar essencial à Europa.

“Na verdade, são as Regiões que estão mais perto da economia e dos interesses das populações, que apoiam as empresas e a criação de emprego, que promovem a protecção ambiental e o uso sustentável dos seus territórios, a educação e a formação dos cidadãos e gerem as redes de apoio social”, disse.

O Presidente do Governo dos Açores reiterou a sua opinião – já ontem expressa – de que o desafio actual é "pensar regional, fazer regional e fazer a Europa avançar", para enfatizar a necessidade de agir, pois, “o contexto de dificuldades e de incertezas não se compadece com as hesitações e indefinições a que, infelizmente, temos assistido na Europa.”

Reconhecendo, embora, que as regiões não podem substituir-se aos Estados, lembrou que – ao contrário do que parece pensarem os que continuam a agir de acordo com “conveniências próprias e exclusivas, como se a Europa fosse um mercado onde cada actor económico só vale por si” – o projecto europeu é de todos e só em articulação rigorosa pode ter sucesso.

Para Carlos César, “essa é uma mensagem das regiões europeias que é, na verdade, a mensagem mais frequente que ouvimos aos nossos concidadãos que se impacientam no presente e se preocupam quanto ao futuro.”

Daí que a conclusão só pode ser, como disse, a terminar, que “as Regiões da Europa, reunidas nos Açores em Assembleia-Geral, afirmam-se, sem sombra de dúvida, a favor do projecto Europeu!”



GaCS

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