O Vice-Presidente do Governo dos Açores manifestou hoje a sua satisfação pelos resultados que estão a ser obtidos no combate ao baixo nível de qualificação de muitos dos desempregados açorianos.
Sérgio Ávila lembrou que essa é uma estratégia do Executivo, que visa a promoção de uma “maior empregabilidade e com melhor remuneração”, sublinhando que, na sequência da criação, em fevereiro de 2013, dos cursos de Aquisição Básica de Competências (ABC), foi possível melhorar as habilitações académicas e profissionais de muitos desempregados.
“Desde essa data foram já realizados 90 cursos, abrangendo 1.800 pessoas, cuja média de idades se situa nos 37 anos e que passaram a deter o 4.º ou o 6.º ano de escolaridade”, frisou.
Sérgio Ávila salientou que “o Governo Regional investiu, só nesses cursos, cerca de um milhão de euros, mas vê, com muito bom grado, que não foi apenas um investimento seu, foi também um investimento realizado pelos açorianos que foram envolvidos neste projeto”.
Outro motivo de satisfação do Governo dos Açores é o facto de “45% das pessoas que obtiveram sucesso no 4.º ano de escolaridade" terem decidido "investir em si", inscrevendo-se por iniciativa própria nos cursos do nível seguinte, ou seja, para a obtenção do 6.º ano de escolaridade.
“É também com orgulho que podemos afirmar agora que, nos últimos meses do ano transato, houve momentos em que os concelhos da Povoação, Nordeste, Velas, Calheta, Lagoa, Angra do Heroísmo e Madalena não apresentavam desempregados inscritos com menos do que o 6.º ano de escolaridade”, disse.
Esta medida permitiu também criar emprego aos professores do ensino básico que se encontravam inscritos nas Agências de Emprego da Região Autónoma dos Açores, “sendo atualmente residual o número de professores com competências para lecionar cursos ABC que ainda se encontram numa situação de desemprego”.
O Vice-Presidente anunciou que o Governo dos Açores vai promover, em 2014, mais 125 ações, que irão abranger mais 2.500 formandos, num projeto que ascenderá a 1,5 milhões de euros e que, para além dos atuais níveis formação, prevê iniciar um projeto-piloto de três turmas para certificar desempregados com o 9.º ano de escolaridade.
Sérgio Ávila, que falava na cerimónia de entrega de diplomas a uma centena de formandos que concluíram cursos ABC realizados na ilha Terceira, aproveitou para fazer um balanço de várias medidas governamentais que visam o aumento da empregabilidade.
Nesse sentido, revelou que o programa “Família Estável” permitiu, em várias medidas de emprego, dar prioridade imediata de colocação a, pelo menos, um dos membros de 233 casais em que ambos os cônjuges se encontravam numa situação de desemprego.
O apoio à contratação efetiva possibilitou a criação de 952 postos de trabalho durante o ano de 2013, meta que foi possível atingir através de vários programas do Governo dos Açores como, por exemplo, o Integra+, que permitiu a colocação de 265 pessoas, o Integra StartUp, com 85 pessoas, a criação do próprio trabalho por 52 pessoas com a ajuda do programa CPE-Premium e, finalmente, com a maior percentagem, o Programa de Incentivo à Inserção de Estagiários – PIIE, permitiu colocar no mercado de trabalho 550 jovens licenciados ou com cursos profissionais.
No ano de 2013 iniciaram-se cursos Reativar de carácter Escolar e Tecnológico que abrangeram 1.344 desempregados, permitindo a sua qualificação tanto a nível tecnológico como ao nível do 9.º e 12.º anos de escolaridade.
O programa Recuperar abrangeu 757 pessoas que se encontravam desempregadas e não auferiam qualquer rendimento proveniente de subsídio de desemprego, garantindo-lhes um rendimento mensal que, de acordo com as suas habilitações, foi desde cerca de 510 até quase 764 euros.
Especificamente destinado aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, o programa FIOS trabalhou as competências sociais de cerca de 600 pessoas e promoveu nelas hábitos de trabalho que, por alguma razão, foram perdidos ou nunca foram adquiridos, prevendo-se, para 2014, que abranja 800 pessoas.
Sérgio Ávila revelou ainda que, no próximo mês, se vão iniciar os primeiros cursos do programa Agir-Agricultura/Agir-Indústria, “que constitui uma experiência inovadora no que toca às medidas de emprego, aliando uma formação de alta qualidade a um estágio profissional em contexto real de trabalho e que inclui ainda um incentivo à contratação dos estagiários”.
A primeira área económica a ser testada será a da bovinicultura, mas em estudo já se trabalha em outras áreas importantes para a economia regional, como a horticultura ou a indústria dos lacticínios.
Para Sérgio Ávila, o Governo muito tem feito, apostando em “medidas de criação de emprego, de promoção da competitividade empresarial e de qualificação de trabalhadores e de empresas como fatores indispensáveis a uma economia que seja forte, sustentável e geradora de um futuro melhor e mais seguro para todos os açorianos”.
2014.01.09-VPGR-EntregaDiplomasCursosABC.mp3 |
GaCS
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