segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Vítor Fraga diz que proposta do PCP reduz transferências da ERSE para a EDA e aumenta custos para o consumidor


O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou hoje que, caso o Projeto de Resolução do PCP, que recomenda ao Governo que efetue as diligências necessárias para que a EDA institua uma redução tarifária, especial e transitória, no valor de 10% sobre o valor a faturar a cada cliente de eletricidade, tivesse acolhimento por parte da Assembleia Legislativa dos Açores, na prática, os consumidores sairiam prejudicados.

Vítor Fraga, em declarações aos jornalistas após ter sido ouvido na Comissão de Economia do parlamento açoriano, explicou que “a medida que o PCP propõe reduz drasticamente as transferências da Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE) para a EDA e isto significaria que iria agravar a fatura elétrica das pessoas”.

O governante recordou que o sistema tarifário na Região enquadra-se no sistema elétrico nacional, que envolve compensações da ERSE perante a EDA.

Por isso, caso se procedesse a uma redução, mesmo que transitória, de 10% sobre o valor a faturar ao consumidor final, “os pressupostos que existem atualmente, de compensação e de uniformização do tarifário a nível nacional, da convergência tarifária, seriam colocados em causa e, como tal, as transferências seriam menores, a comparticipação era menor para a Região, o que levaria a EDA a ter que refletir os seus custos de produção na fatura das pessoas, o que agravaria a conta no final do mês”, disse Vítor Fraga.

O Secretário Regional do Turismo e Transportes adiantou ainda que “é evidente que uma situação destas, sendo transitória para as pessoas, seria definitiva no contexto do sistema elétrico nacional e gravosa, não para o curto, mas sim para o curto, para o médio e para o longo prazo”.

Questionado sobre o atraso nas transferências do Estado para a Região ao abrigo da convergência do tarifário elétrico, Vítor Fraga afirmou que esta questão continua por resolver.

O Secretário Regional salientou, no entanto, que a expetativa da Região é de que "o Governo da República satisfaça essas transferências dentro dos prazos razoáveis, porque, como todos sabemos, hoje o acesso ao crédito está muito caro e o atraso nessas transferências oneram a elétrica regional”.

Em causa estão cerca de 15 milhões de euros referentes ao período 1998-2002, a que acrescem 25,8 Milhões de Euros relativos à compensação tarifária de 2009.


Anexos:
2012.12.10-SRTT-ComissãoEconomia(1).mp3 
2012.12.10-SRTT-ComissãoEconomia(2).mp3


GaCS

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