sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Próximo Quadro Comunitário de Apoio deve ser direcionado para a competitividade e emprego, defende Vasco Cordeiro


As verbas a disponibilizar pelo próximo quadro comunitário de apoio, no que aos Açores diz respeito, “devem ser essencialmente canalizadas para a competitividade das empresas, para o emprego e para as políticas de crescimento económico”, defendeu hoje, em Ponta Delgada, o Secretário Regional da Economia.



Vasco Cordeiro, que falava na sessão de abertura do Fórum “Novas Perspetivas do próximo Quadro Comunitário de Apoio”, recordou que os apoios financeiros disponibilizados nos últimos anos “permitiram que a Região tenha hoje praticamente concluída a sua infraestruturação, como pode ser verificado pelas construções realizadas ao nível dos portos, aeroportos, escolas, estradas, entre outros como é o caso da requalificação dos recursos humanos”.


Aliás, salientou o Secretário Regional da Economia, “os Açores são hoje considerados um exemplo no que respeita ao aproveitamento dos fundos comunitários, tendo esse bom aproveitamento sido já salientado pelo próprio presidente da Comissão Europeia”. “Esse bom aproveitamento deriva também da circunstância de existir uma efetivo e muito importante de parceria entre o Governo dos Açores e diversas outras entidades, como é o caso das câmaras de comércio regionais”.


Para Vasco Cordeiro, os Açores não podem, por isso, “entrar na discussão sobre o próximo quadro Comunitário de Apoio como o parente pobre, como uma Região que quer apenas acautelar verbas para fazer face aos seus constrangimentos”. Na verdade, salientou, “em alguns domínios, como é o caso do Mar ou das energias renováveis, os Açores não só são um contribuinte líquido no cumprimento dos objetivos definidos como até ultrapassam nalgumas matérias as metas que a União Europeia fixa para si própria”.


Em relação ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, Vasco Cordeiro defendeu também “ser fundamental que seja mantido um envelope específico destinado à redução dos sobrecustos, podendo assim demonstrar-se uma atenção clara às Regiões Ultraperiféricas”. Há, por isso, acrescentou, “a necessidade de cerrarmos fileiras em relação à política de coesão”.


“Se a União Europeia apregoa que as Regiões Ultraperiféricas constituem um ativo para si e também para a sua projeção no espaço atlântico, é preciso que depois esse discurso tenha expressão prática”, disse o Secretário Regional da Economia, recordando que “ no espaço de uma década, os Açores cresceram 13 por cento em termos de PIB per capita relativamente à média europeia”.



GaCS

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