sábado, 11 de fevereiro de 2012

Reforço das políticas de coesão é essencial para que a Europa possa vencer as actuais dificuldades


Os actuais problemas que a União Europeia enfrenta “não devem constituir um motivo para acentuar divisões entre as diferentes regiões que a integram”, mas sim, segundo o Secretário Regional da Economia, “um pretexto para reforçar a solidariedade entre todos como condição essencial para vencer as dificuldades actuais”.


Para Vasco Cordeiro, que participou esta sexta feira, em Bruxelas, no seminário “A solidariedade europeia ao serviço do desenvolvimento das Regiões - Os desafios para a política de coesão europeia no período 2014/2020”, organizado pela Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (CRPM) e pelo Comité das Regiões, a União Europeia “não pode esquecer os ideais que levaram à sua criação”, nem “permitir que a crispação que se tem verificado recentemente, devido à crise das dívidas soberanas, acabe por constituir um entrave para encontrar as soluções que permitam retomar depressa o caminho do crescimento económico”.

Segundo o Secretário Regional da Economia, “a história demonstra que a Europa dividida sempre foi um entrave ao desenvolvimento”. “É nestes momentos que se torna necessária a existência de uma União forte, capaz de encontrar respostas comuns aos actuais constrangimentos, o que só pode alcançado com um reforço efectivo das políticas de coesão”.

Para o Vasco Cordeiro, os Açores “podem ter um papel importante na discussão que está em curso sobre as perspectivas financeiras já que constituem uma Região que beneficiou nos últimos anos, precisamente, dessas políticas de coesão, com resultados positivos, como é hoje reconhecido de forma quase unânime e como tem sido destacado pelas próprias autoridades comunitárias”.

“A correcta gestão dos dinheiros públicos e os resultados que a Região tem vindo a alcançar permitem que os Açores se afirmem hoje num patamar diferente em relação ao passado”. Ou seja, acrescentou, “não pretendemos ser reconhecidos apenas como um local distante, sujeito a constrangimentos, mas sim como uma Região que integra a União Europeia por pleno direito e que é capaz em várias áreas de demonstrar não só a sua capacidade, mas também como as políticas quando bem aplicadas podem reflectir-se em progresso e desenvolvimento”.

Nesse aspecto, o governante açoriano considera que o próximo envelope financeiro deve ser orientado para sustentabilidade económica, “agora que está concluído o processo de infra-estruturação da Região”. “Esta infra-estruturação foi fundamental para vencer os constrangimentos resultantes da nossa condição ultraperiférica e sem ela não seria possível construir as bases para um novo patamar de desenvolvimento”.

Vasco Cordeiro recordou que “os Açores têm vindo a concretizar um grande trabalho de afirmação junto não só das instituições comunitárias, mas também das outras Regiões europeias” “Hoje em dia a Região é considerada um exemplo e como um parceiro que tem uma experiência de sucesso a transmitir. Não queremos nem vamos abdicar de participar na definição dos caminhos que podem ajudar a Europa a vencer a actual crise financeira e económica em que se encontra”, concluiu.


GaCS

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