sexta-feira, 22 de junho de 2012

Esclarecimento da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas


O Plano Global de Sanidade Animal que os profissionais da Medicina veterinária asseguram na Região, com particular enfase na atividade de retaguarda do Laboratório Regional de Veterinária, garante, inquestionavelmente, a Sanidade Animal dos efetivos bovinos açorianos e garante igualmente e em permanência a Saúde Pública e a segurança alimentar nos produtos de origem animal dos Açores.

Aliás, o Plano global de sanidade animal dos Açores é exemplo na Europa.

Numa vã tentativa de denegrir o bom trabalho que tem sido levado a cabo nos Açores, o Deputado do PSD-Açores, António ventura vem a público, uma vez mais, colocar em causa a qualidade dos produtos e produções e o trabalho dos produtores açorianos através de uma “alegada” falta de verbas para o acompanhamento do estatuto sanitário do efetivo bovino nos Açores.

Facto relevante para a agropecuária açoriana e, esse sim, fator importante de divulgação ao cidadão açoriano é o estatuto alcançado pela Região no que respeita à sua Sanidade Animal. Os Açores no tempo do PSD estiveram no pior, agora, estão no melhor estatuto sanitário.

Cumprimos com todos os Planos de Erradicação Obrigatórios (Planos de Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Bovinas, bem como os Planos da doença de Aujezsky, Plano das Salmonelas, Plano Nacional de Controlo de Resíduos, Plano Oficial de Controlo da Alimentação Animal e Plano de Controlo Oficial dos Estabelecimentos que Laboram Produtos de Origem Animal) e dos Planos de Vigilância e Monitorização (BSE, Brucelose Bovina, Leucose bovina e Brucelose dos pequenos ruminantes).

O atual Estatuto Epidemiológico dos Açores apresenta-se invejável no que diz respeito a todos os aspetos, quer à escala Nacional, quer a nível Comunitário.

No que respeita a doenças de declaração obrigatória aprovadas pela União Europeia o nosso estatuto é o de uma Região livre de BSE (única Região de Portugal que sempre deteve e manteve este estatuto); Oficialmente Indemne de Brucelose, de Leucose Bovina Enzoótica, de Brucelose Bovina nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Pico, Faial, Flores e Corvo, com a situação totalmente controlada nas restantes (na Terceira desde 2006 não se regista nenhum animal infetado, o mesmo acontecendo em S. Jorge desde 2009 e em S. Miguel com uma taxa residual inferior a 0,15%).

Todas as explorações de bovinos são negativas à Tuberculose e somos uma referência e exemplo na Europa e no Continente Sul-Americano, com alguns países destes continentes a adotarem o nosso método e plano de combate e de erradicação à Brucelose Bovina.

As análises no âmbito das doenças de natureza meramente da produção (IBR, BVD, Neospora e Paratuberculose) continuarão a ser disponibilizadas, no universo dos animais ainda não rastreados, permitindo ao produtor a informação necessária ao seu combate e à melhor gestão sanitária da sua exploração.

As operações para a avaliação epidemiológica no caso das doenças, chamadas da produção, tal como acontece com as doenças dos Planos Oficiais, têm sido realizadas gratuitamente aos agricultores, o que não acontece no país e em mais nenhuma outra Região da Europa, o que representa mais um contributo para reforço da produtividade das explorações bovinas açorianas e do seu rendimento.

No continente, para além de nada se fazer na identificação e combate das doenças económicas, o que se verifica é uma enorme dívida do Estado às Organizações de Produtores Pecuários a quem se delegaram as funções dos Planos Oficiais de Sanidade.

Aliás, em matéria de sanidade animal, o que melhor se conhece ao Governo da Republica é a recente criação de um novo imposto sobre a distribuição, alegadamente para a segurança alimentar, o qual acabará por recair, como já afirmado por várias organizações de agricultores, sobre a produção.

Era com este imposto, que também penalizará os agricultores açorianos porque é no continente que vendem os seus produtos, que o PSD deveria estar preocupado. Mas como se vê, este PSD não está preocupado com o que possa afligir os agricultores açorianos, porque apenas está apostado em tentar afligir o Governo dos Açores, mesmo contra o interesse dos agricultores açorianos.


GaCS

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