quarta-feira, 20 de junho de 2012

Governo dos Açores realça importância de relação estratégica entre a Região e os EUA no processo de revisão da presença militar americana na Base das Lajes


Ao participar hoje na reunião da Comissão Bilateral Permanente do Acordo de Cooperação entre Portugal e os EUA, Francisco Tavares, o representante do Governo dos Açores, relembrou a importância da relação estratégica entre a Região e os EUA que se estende desde a presença militar na base das Lajes e os postos de trabalho açorianos aí existentes, aos projetos de cooperação cientifica e à presença das comunidades açorianas nos EUA.

A reunião semestral da Comissão Bilateral serviu para uma analise a estes dossiers tendo Francisco Tavares reafirmado a necessidade do processo em curso, de reavaliação da presença militar americana na Europa, salvaguardar os postos de trabalho portugueses existentes na base das Lajes, bem como o impacto económico que aquela infraestrutura gera na economia da ilha Terceira, alicerçada na importância geoestrategica que os Açores continuam a representar para a projeção de forças dos EUA.

Conforme salientou o representante do Governo, "é necessário que no centro deste processo de revisão esteja a consideração da longa relação e contributo prestado pelos Açores e pelos Açorianos para a relação bilateral entre Portugal e os EUA, bem como a importância estratégica do arquipélago num mundo instável e não apenas considerações financeiras ou orçamentais"

Francisco Tavares apresentou também um conjunto de projetos de cooperação nos domínios da ciência, proteção civil e promoção de intercâmbios que visam obter apoio do Governo dos EUA para a sua implementação.

A Comissão Bilateral Permanente debateu ainda as queixas dos trabalhadores da base das Lajes que tinham transitado da Comissão Laboral e que se prendiam com redução indevida do subsidio de transporte por parte do Comando dos EUA.

As queixas mereceram o apoio da parte portuguesa que exigiu a reposição do valor completo do subsidio de transporte. A parte americana rejeitou a posição portuguesa e não acordou repor esse subsidio. Francisco Tavares lamentou a posição da parte americana e a inoperacionalidade dos mecanismos do Acordo para resolver este caso em que a posição dos trabalhadores era não só legitima como a que devia prevalecer.


GaCS

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