terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Governo dos Açores quer sistema de Proteção Civil capaz de dar "a melhor resposta possível"


O Secretário Regional da Saúde afirmou hoje, em Ponta Delgada, que é necessário manter um espírito de abertura que permita realizar eventuais alterações ao nível da Proteção Civil para "mudar o sistema para melhor".

Para Luís Cabral, é importante manter um espírito de abertura às entidades científicas que se debruçam sobre matérias na área da Proteção Civil, frisando que todos os reparos científicos “terão de ser tidos em conta e devidamente ponderados”.

“O objetivo do Governo dos Açores é ter um sistema de Proteção Civil que sirva a todos e que tenha a melhor resposta possível em situações de catástrofe, uma vez que a Proteção Civil é um trabalho de todos para todos, sendo necessária a máxima colaboração nesta área”, afirmou.

O Secretário Regional, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia que assinalou o 20.º aniversário do Comando Operacional dos Açores, revelou que o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores está a elaborar um “projeto muito concreto, que se baseia na criação dos Clubes de Proteção Civil nas escolas”.

“É através das escolas e dos alunos que se deve incutir nas famílias a necessidade e o espírito de Proteção Civil, uma vez que as crianças são um meio privilegiado de transmissão de informação nesta área”, defendeu Luís Cabral, acrescentando que esta é uma clara aposta do executivo açoriano para que se possam elaborar planos de emergência familiar em caso de catástrofe.

Por outro lado, questionado sobre os planos municipais de emergência, Luís Cabral afirmou que isso será tido em conta, sendo “um dos trabalhos a efetuar nos próximos tempos”.

“O sistema que está montado baseia-se muito na interação entre todas as entidades e o objetivo é que essa interação seja feita de uma forma eficaz”, frisou.

O Secretário Regional da Saúde admitiu que “em algumas autarquias tem havido um maior empenho por parte dos seus responsáveis, no sentido de dar mais ênfase a essa questão, enquanto em outras autarquias, infelizmente, isso não se tem verificado”.

Luís Cabral sublinhou que, nesses casos, terá que haver um esforço do Serviço Regional de Proteção Civil para “chamar a si algumas responsabilidades ou então auxiliar as autarquias no desenvolvimento dos seus planos de emergência", contribundo também para que "sejam coerentes nas atualizações desses mesmos planos”.

Relativamente à questão da Gripe A (estirpe H1N1), Luís Cabral referiu que as medidas preventivas devem ser tomadas “pela própria população”.

“A Secretaria Regional da Saúde tem o dever de aconselhar as pessoas a tomar todas as medidas de nível sanitário, nomeadamente as medidas preventivas relativas aos espirros, aos apertos de mão e ao contacto direto com pessoas que apresentem sintomas de gripe”, referiu.

“Aquilo que se verificou relativamente a este tipo de gripe é que a sua virulência não é tão alta como nos primeiros anos em que surgiu, pelo que se trata de uma síndrome gripal dentro dos padrões normais para esta altura do ano”, acrescentou.

Luís Cabral frisou que “as vacinas contra a gripe disponibilizadas este ano incluem já essa estirpe e aquilo que foi recomendado pela Secretaria Regional da Saúde é que todas as pessoas dentro de faixas etárias mais suscetíveis devem ser vacinadas nos centros de saúde".

Segundo Secretário Regional, o apelo de vacinação lançado à população não foi totalmente aceite, o que se traduziu na sobra de algumas doses de vacina, adiantando que “a taxa de adesão a este tipo de prevenção não ultrapassa os 60 por cento”.

Luís Cabral acrescentou ainda que, nos Açores, de acordo com as direções clínicas dos hospitais, não há nenhum caso registado de Gripe A nas unidades de Cuidados Intensivos da Região, nem nenhum aumento de chamadas de esclarecimento para a Linha de Saúde 24.



GaCS

Sem comentários: