quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Secretário Regional da Saúde garante que “não foram proibidas” as deslocações de médicos especialistas às ilhas sem hospital


O Secretário Regional da Saúde reiterou hoje, na Assembleia Legislativa, que “não foram proibidas” nos Açores as deslocações de médicos especialistas às ilhas sem hospital.

Luís Cabral, que discursava no âmbito da interpelação feita ao Governo pelo Bloco de Esquerda (BE) sobre a “defesa e sustentabilidade” do Serviço Regional de Saúde, explicou que “apenas foi solicitado” às Unidades de Saúde que enviassem “as propostas devidamente fundamentadas, com a antecedência necessária, para serem avaliadas”.

O Secretário Regional defendeu ser necessário “um maior rigor nas deslocações, não por uma questão de custos, mas sobretudo para que não se façam viagens, consultas e exames desnecessários e se deixem aumentar as listas de espera nos hospitais de origem, tal como foi detetado”.

Sobre a interpelação apresentada pelo BE, Luís Cabral disse tratar-se de uma iniciativa “extemporânea”, já que acontece num momento em que, por iniciativa do Governo dos Açores, “decorre uma reflexão alargada” sobre esta temática com partidos políticos e também com os parceiros sociais.

Para o governante, esta interpelação é também extemporânea “porque retira a necessária importância ao debate já em curso, sobretudo se resvalar para interesses partidários ou para pretexto para aparecer na Comunicação Social, num assunto que já se percebeu que é matéria sensível”.

Luís Cabral sublinhou ainda que a discussão sobre o Serviço Regional de Saúde não se pode reduzir, tal como acontece no debate gerado pelos partidos da oposição, “a verbas, dívidas e números, e a uma ideia generalizada de que não há nada bom”

“Não é verdade. Todos os dias, nos Hospitais e nas Unidades de Saúde dos Açores, centenas de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico, assistentes técnicos, assistentes operacionais e muitos outros profissionais, trabalham dedicadamente, dando consultas, fazendo tratamentos, exames, cirurgias, curando e salvando pessoas. Esse é o dia normal dos Hospitais e dos Centros de Saúde. Tratar das pessoas, com empenho e utilizando todos os conhecimentos científicos e os meios que estão ao seu alcance.”, afirmou.

Luís Cabral lembrou também que “muitos dos constrangimentos e das dificuldades financeiras” do Serviço Regional de Saúde “resultaram de investimentos que foram necessários para a própria evolução do setor”, adiantando que o dinheiro aí gasto “foi todo investido no setor em prol de uma melhor saúde para as Açorianas e Açorianos”.

Admitindo ser “preciso um reforço orçamental”, que, de resto, já “está contemplado”, Luís Cabral frisou que não deve haver ilusões porque “não é atirando mais dinheiro para a saúde que se resolvem os problemas do setor”.

Para o Secretário Regional, a par do reforço orçamental, que está contemplado, são sobretudo “necessárias reestruturações do sistema que têm a ver com novos conceitos e novas formas de pensar a saúde”.

Nesse sentido, defendeu "soluções criativas, inovadoras, atuais e condicentes com esses novos paradigmas” na saúde, adiantando que “é aí que entram os contributos" dos partidos políticos e dos parceiros sociais”.




GaCS

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