O Director Regional do Ambiente disse esta sexta-feira, na ilha do Pico, que o Governo dos Açores reconhece o dinamismo empresarial que existe na ilha e que isso é um grande contributo para o desenvolvimento, sobretudo nos “momentos particularmente difíceis que atravessamos”
João Bettencourt falava, em representação do Presidente do executivo açoriano, Carlos César, na abertura do IV Salão Automóvel da Ilha do Pico, uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial local.
É encorajador verificar que aqui, neste espaço, nesta ilha, não se baixaram os braços”, sublinhou o Director Regional, acrescentando que, neste caso concreto, “saltando por cima da adversidade, os organizadores transmitem um sentimento de confiança que, na minha opinião, é já meio caminho para vencermos esta batalha”.
Falando da área que tutela directamente, João Bettencourt disse que, num mundo “em constante mudança e adaptação a novas realidades”, a massificação do uso de automóveis tem obrigado a encontrar soluções mais ecológicas.
Neste sentido, surgiram directivas comunitárias e regulamentação nacional com o objectivo de minimizar o impacto ambiental negativo dos veículos, contribuindo assim para a protecção da qualidade do ambiente, para a poupança de energia e garantir o correcto funcionamento do mercado interno, lembrou.
Na concretização destes objectivos têm sido tomadas medidas para que na fase de projecto e produção de novos veículos sejam utilizadas menos substâncias perigosas e os automóveis sejam fabricados de modo a facilitar a sua reutilização, reciclagem e valorização, a par do fomento de melhores hábitos de condução, de práticas de recolha de materiais nas oficinas para reciclagem e na inspecção das viaturas.
O Director Regional recordou, neste contexto, que o Governo açoriano incentiva a reutilização de peças em segunda mão e a valorização dos resíduos através de sistemas de desmantelamento, reciclagem e valorização de veículos em fim de vida.
“Neste sentido, o Governo Regional está muito interessado em colaborar nas iniciativas privadas que resultem em empreendimentos com novas soluções que ainda não existam na ilha”, declarou.
João Bettencourt referiu, depois, que ilha do Pico “tem um enorme potencial de desenvolvimento económico, associado a várias actividades, realçando-se o turismo ambiental”, acrescentando que a ilha “já está para além do potencial”, sendo uma “realidade e um exemplo para o que deve ser o turismo ambiental em qualquer lugar do mundo. É por esta razão que a revista Islands considerou este uma das vinte melhores ilhas para se viver”, sublinhou.
“Com efeito, são inúmeras as empresas que têm surgido nos últimos anos, ligadas a este sector de actividade, face à diversidade geológica, biológica e cultural que o Pico oferece”, lembrando que a ilha é uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, possuindo uma área classificada como Património Mundial pela UNESCO, por causa da “extraordinária paisagem” da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, e tem também o ponto mais alto de Portugal.
“Apesar disso, tem ainda singulares características que possibilitarão uma ampliação deste desenvolvimento, crescendo ainda mais, contribuindo afincadamente para o progresso dos Açores”, disse ainda, antes de concluir elogiando o trabalho específico da Associação Comercial e Industrial do Pico.
GaCS
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