O Secretário Regional do Turismo e Transportes afirmou hoje, em Ponta Delgada, a intenção de “incrementar ainda mais” o relacionamento entre a arquitetura e o turismo, tendo em vista um "desenvolvimento sustentável”.
Vítor Fraga, que falava na cerimónia de abertura do seminário Arquitetura e Turismo, disse acreditar que tal “é possível, porquanto possa ajudar a dinamizar" a economia regional, acrescentando estar certo de que “desta discussão livre e aberta à participação de todos, durante estes dois dias, sairão boas ideias sobre o futuro do turismo dos Açores e sobre um possível roteiro de arquitetura na Região”.
Na sua intervenção, o Secretário Regional recordou que as ilhas dos Açores possuem, além de um imenso património natural, um rico património imóvel disperso por todo o arquipélago.
Para Vítor Fraga, estas duas vertentes comprovam que “as relações espaciais entre a Arquitetura e o Turismo são de grande importância, se pensarmos na disponibilidade dos turistas para ver e apreciar tudo o que os rodeia e que é novo, na sua vontade de conhecer a identidade das pessoas do lugar e mesmo, por vezes, estabelecer elos de ligação com o seu país de origem”.
“A criação e manutenção de espaços urbanos de qualidade que observem também as questões inerentes à preservação ambiental é um fator fundamental para o nosso crescimento”, frisou, salientando que o Governo dos Açores “conta com os vários parceiros de decisão destes processos” para que tal aconteça.
Vítor Fraga refereiu que, quanto visita um lugar pela primeira vez, o turista procura “conhecer os seus monumentos, saber quando foram construídos, por quem ou para que finalidade", considerando que essa "é uma característica comum e natural a todos os viajantes”, o que faz com que “com o passar dos tempos, os lugares vão apostando na potenciação desse património imóvel, seja pela sua requalificação e manutenção, seja pela sua abertura a visitas para turistas e locais”.
Nesse sentido, frisou que tudo isso “dá resultados, como sabemos e nem precisamos sair dos Açores: basta olharmos para Angra do Heroísmo ou, a nível nacional, para os casos de Guimarães e Lisboa, onde todo o património imóvel vale muito como oferta turística”.
Vítor Fraga, salientando os “grandes desafios" que estão pela frente, afirmou que a aposta do Governo passa pela “requalificação e valorização do existente”, dois conceitos que norteiam a atuação do Executivo, que conta com a colaboração dos arquitetos para os concretizar.
O Secretário Regional destacou ainda a "promoção da eficiência energética" e a "requalificação da oferta hoteleira, alinhando-a claramente com a matriz do nosso destino”, como outros objetivos que "serão certamente muito mais fáceis de concretizar” com a intervenção dos arquitetos.
A este propósito, Vítor Fraga deixou um apelo à Ordem dos Arquitetos para que “privilegie nos seus trabalhos a utilização de materiais da Região, incluídos no Catálogo de Produtos Endógenos e materiais produzidos e transformados nos Açores”.
“Com isso, não só ajudam a dinamizar as empresas locais, como também contribuem para a promoção do que é regional e do que nos distingue como povo destas terras de basalto e mar”, sublinhou o Secretário Regional, adiantando ainda contar com a Ordem dos Arquitetos para que a arquitetura do destino Açores "tenha tanto de moderno, como de tradicional e faça jus à história e à memória deste povo, ao qual todos nós, de uma forma ou de outra, sem compasso, pertencemos”.
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GaCS
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