A Secretária Regional da Solidariedade Social afirmou ser “muito importante educar parentalmente as famílias”, defendendo que a família "não é um lugar de pessoas iguais, é um espaço afetivo de pessoas diferentes”, que tem que proporcionar a “expressão da individualidade de cada um”.
Piedade Lalanda recordou a existência do programa de Educação Parental desenvolvido pelo Governo dos Açores, que visa, entre outros objetivos, ajudar “os casais a encontrar a linguagem certa para educar os seus filhos”.
“Enquanto cidadãos, temos o dever de pensar nas nossas linguagens, pensar na forma como estamos a educar as nossas crianças, os nossos jovens e até que ponto essa linguagem, quando não promove os direitos humanos, transparece na nossa forma de falar, de educar, de dar testemunho, de dar exemplo”, frisou.
A Secretária Regional salientou que “não há relações perfeitas, ninguém aprende a ser pai ou a ser mãe, a ser marido ou a ser esposa, é uma relação que se vai construindo ao longo da vida e as circunstâncias vão mudando as nossas vidas”.
“É muito importante trabalhar na prevenção, evitar o agravamento dessas situações”, frisou Piedade Lalanda, que falava sexta-feira no encerramento da palestra “Violência Doméstica, um Mundo Surreal”, na freguesia da Maia, no concelho da Ribeira Grande, uma iniciativa promovida pela Junta de Freguesia.
Na sua intervenção, a Secretária Regional defendeu que a sociedade tem que ter “uma atitude mais proativa” ao nível da denúncia da violência doméstica e, sobretudo, de construção de uma sociedade mais equilibrada.
“Qualquer um de nós pode ser vítima de violência se não tivermos o cuidado de, atempadamente, sanar os pequenos conflitos que vão acontecendo”, alertou.
Ao nível das respostas para apoio às vítimas de violência doméstica, Piedade Lalanda, referindo-se à rede de apoio à mulher vítima de violência, salientou que “há recursos técnicos, pessoas e meios que podem ajudar seja onde for".
"É possível procurar ajuda em todas as esquadras da PSP, que têm formação para acolher e, inclusivamente, condições de acolhimento, de privacidade”, acrescentou.
A Secretária Regional destacou ainda a existência, em todas as ilhas dos Açores, de “espaços de emergência” destinados a apoiar as vítimas de violência, para além das casas abrigo, um recurso necessário quando está em causa a segurança das vítimas.
“Ir para a casa abrigo poderá ser uma forma de salvar uma mulher de uma situação mais grave, é muitas vezes salvar esta mulher”, afirmou Piedade Lalanda.
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GaCS
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