sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sérgio Ávila alerta as empresas açorianas para a necessidade de serem mais competitivas

O Vice-Presidente do Governo dos Açores alertou os agentes económicos para a mudança de paradigma no que respeita aos apoios ao setor produtivo regional, no âmbito do aproveitamento dos fundos do próximo quadro comunitário 2014-2020.

Sérgio Ávila disse que os fundos foram reforçados, mas frisou ser necessário aplicá-los da forma mais eficaz possível, para o que é preciso perceber que “os desafios que se colocam à estrutura produtiva regional, hoje, são completamente diferentes daqueles que se colocavam em 2007 e em 2000, pelo que não podemos replicar os sistemas que existiam de apoio às empresas.”

“Estamos perante o facto concreto: por um lado, a procura interna não irá crescer e, por outro, a concorrência irá aumentar substancialmente”, afirmou o governante, acrescentando que “isto quer dizer que as empresas têm de ser mais competitivas e têm deixar de produzir ou de vender exclusivamente para o mercado que está mais próximo e que é mais fácil”.

Para o Vice-Presidente do Governo Regional, é “essencial que os apoios públicos e as políticas públicas não sejam para manter artificialmente um nível de procura que já não existe e que permite às empresas manterem a sua estrutura produtiva, que já não satisfaz as necessidades.”

“Temos de ter todos a coragem de inovar, de reestruturar, de forma a que, efetivamente, sejam as empresas a ajustarem-se às necessidades da procura e nunca a influenciarem artificialmente a procura para se manterem exatamente como estão”, afirmou.

“É este o grande desafio que este quadro deve apoiar e que é um desafio decisivo para o futuro da economia dos Açores”, frisou.

O Vice-Presidente do Governo Regional, que falava quinta-feira, em Ponta Delgada, à margem do lançamento da edição deste ano da revista “As Cem Maiores Empresas dos Açores”, editada pelo jornal Açoriano Oriental, considerou que o apuramento feito pela revista fornece indicações muito concretas sobre onde assenta o futuro da estrutura produtiva regional.

Sérgio Ávila fez notar que o melhor gestor e o melhor projeto eleitos por aquela publicação são de setores produtivos de bens transacionáveis, o que o levou a frisar que “o nosso desafio, no futuro, tem de ser, necessariamente, ter a capacidade de produzir bens e serviços transacionáveis, ou seja, aqueles que possam ser comercializados em qualquer sítio”, reforçando com isso as exportações e reduzindo as importações.

“As empresas que terão sucesso no futuro serão as que se adaptarem às regras da concorrência”, considerou o governante, sublinhando que, hoje, “qualquer bem ou serviço está à distância de um clique” e, portanto, serão bem sucedidos “aqueles que tiverem a capacidade de terem o melhor preço, a melhor qualidade, e poderem disponibilizar esse produto ou serviço em qualquer parte do mundo”. 

Anexos:
2013.12.13-VPGR-LançamentoRevistaCemMaioresEmpresas.mp3

GaCS

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