O Presidente do Governo dos Açores defendeu hoje a ideia de que “as freguesias constituem verdadeiras infraestruturas de democracia”, manifestando-se contra a intenção de extinguir muitas delas.
Carlos César precisou que “já temos a nossa democracia participativa tão debilitada que destruir estes níveis de participação – onde milhares de cidadãos prestam o seu contributo para o desenvolvimento local, onde deixam ideias, aspirações, críticas e protestos e onde se mobilizam vontades locais –, destruir esse ambiente de participação democrática não é bom para a nossa vivência cívica.”
Sublinhando que, portanto, “não há, em tese, freguesias a mais” – quando muito pode haver, como admitiu, “remunerações a mais nos gestores das freguesias” – advogou que a questão “deveria ser pensada mais nessa ótica do que na destruição das freguesias e do edifício participativo que elas representam.”
O Presidente do Governo explicou que, sendo o objetivo o de poupar, “há remunerações do presidente da junta, do secretário e senhas de presença que podem ser dispensáveis”, até porque, como acrescentou, não acredita que as pessoas estejam nos órgãos decisores das freguesias para receberem a remuneração correspondente, a qual, embora, “poupada em todas as freguesias, já representa alguma coisa que pode ser reinvestida nas localidades e nas freguesias.”
Carlos César falava á margem da cerimónia, a que presidiu, da inauguração da requalificação da Rua Direita do Ramalho e respetivos acessos.
GaCS
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