sábado, 9 de junho de 2012

Açores com a maior taxa de participação desportiva absoluta federada no país


A Secretária Regional da Educação e Formação esteve hoje presente no III Fórum Desporto Federado, que ocorreu no Nordeste, ilha de São Miguel.

Em discurso proferido na ocasião, Cláudia Cardoso afirmou que os Açores, «fruto de uma política de desenvolvimento desportivo assente em princípios bem claros e partilhados com as instituições regionais, apresentam a maior taxa de participação absoluta federada» de Portugal, que se situa em 9,6%, quando na Madeira é de 7% e no território continental é de 5%. A governante recordou ainda que em 2011 a Região Autónoma ultrapassou a barreira dos 23 mil atletas federados, «num total de 46 modalidade e 23.283 atletas», existindo atualmente 49 associações contra as 34 que existiam em 1995, e mais de 250 clubes com atividade federada.

A Secretária Regional destacou ainda a taxa de participação potencial, entre os 8 e os 18 anos, de 41,7%, o que equivale a dizer que «em cada 100 jovens (…) 41 possuem licença desportiva emitida por uma federação nacional», percentagem substancialmente superior à da Madeira (28%) ou à do território continental (22%), e o apoio direto do Governo Regional a mais de 190 clubes que suportam mais de 850 equipas, de «cerca de um milhão e oitocentos mil euros» anuais. Também abordou a evolução de treinadores, árbitros, juízes e dirigentes, que classificou como sendo «proporcional ao aumento do número de atletas», ressaltando os 441 treinadores em 1995 e os 1124 atualmente, num rácio de 1 treinador para cada 20,7 atletas – na Madeira é de 1 para 25 e em Portugal continental de 1 para 26.

Especial menção foi feita, por outro lado, ao projeto de formação de dirigentes, lançado em 2009, que permitiu «822 participações de nível 1 e 225 em curso de nível 2», uma iniciativa qualificada por aquela membro do Governo regional como sem paralelo no território português.

Cláudia Cardoso reconheceu esta realidade como «um legado que devemos e queremos preservar, contando para isso com o esforço e a colaboração dos açorianos e açorianas».

A Secretária Regional reconheceu, por outro lado, que o movimento associativo desportivo dos Açores «tem neste momento sobre si um conjunto de grandes responsabilidades advindas de um caminho evolutivo, trilhado com o apoio do Governo dos Açores e assente numa busca constantes das melhores condições». Concretizou afirmando que «nos tempos que atravessamos, socialmente difíceis porque perturbados economicamente, é muito claro o desafio que se coloca a todos», concretamente «ao Governo dos Açores, às nossas associações e aos nossos clubes, mas como eles são geridos por pessoas, a todos os Açorianos», e reforçou ao apelar à otimização da «utilização de cada cêntimo que podermos disponibilizar do orçamento regional, para apoio à atividade desportiva». Para a governante, «ponderação e rigor» são palavras-chave e o desafio que deve ser vencido «com o esforço e a dedicação dos diferentes dirigentes associativos, em quem confiamos em pleno, e que sabem poder conter com a colaboração e empenho do Governo dos Açores em geral e em particular da Direção Regional do Desporto».

Houve ainda oportunidade para Cláudia Cardoso lembrar o recente 2.º Campeonato do Mundo de atletismo adaptado para atletas com síndrome de Down, «motivo de orgulho», para mais com a sagração da seleção portuguesa como campeã do mundo, ao que acresce o fato de a atleta do Pico Maria João Silva ter 3 títulos e 2 recordes mundiais.

A finalizar a sua intervenção, Cláudia Cardoso fez questão de salientar a iniciativa, o dinamismo e o empreendedorismo das instituições desportivas com «cariz de intervenção social  como é o caso da Associação de Jovens ‘Ser Diferente’ ou da Associação de Veteranos do Nordeste», que apelidou de «demais importantes e merecedoras de toda a atenção e apoio», deixando uma mensagem para os intervenientes do III Fórum Desporto Federado no sentido de, através da sua participação, permitirem «uma oportunidade de reflexão construtiva sobre o papel de cada um», o que «possibilitará melhores tomadas de decisão futuras por serem mais seguras e convicta».


GaCS

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