sexta-feira, 1 de junho de 2012

Intervenção da Secretária Regional da Educação e Formação


Texto integral da intervenção da Secretária Regional da Educação e Formação, Cláudia Cardoso, proferida hoje, em Ponta Delgada, na cerimónia de atribuição do Prémio de Excelência Desportiva à Associação de Futebol de Ponta Delgada:

“Quando no início da presente legislatura o Governo dos Açores assumiu o compromisso público de, ao longo da mesma, poder vir a definir e a implementar um premio de excelência desportiva, tinha em mente a necessidade de se começar a consolidar uma política de qualidade e de responsabilização para todos aqueles que beneficiam de apoios governamentais, visando uma melhoria da organização e gestão generalizada do movimento associativo desportivo.

Esta iniciativa ganha agora ainda maior expressão quanto mais difíceis são os tempos que vivemos, fruto de incertezas económicas e cheios de dificuldades sociais.

Não podemos esquecer que a opção de qualquer Governo de atender às necessidades dos seus cidadãos deve passar neste momento por um conjunto de medidas de política de reforço do apoio ao emprego, às famílias e aos mais carenciados.

E é isso que fazemos, contando com o esforço e a colaboração de todos, cidadãos e instituições, numa luta em defesa das nossas conquistas, no respeito pelas nossas diferenças, enfim na defesa da nossa autonomia.

Continuamos a afirmar e a colocar em prática o princípio de que devemos otimizar a utilização de cada cêntimo disponibilizado do orçamento regional seja nas atividades diretamente desenvolvidas pelo Governo, seja nos valores concedidos para apoio à atividade desportiva.

O Governo dos Açores entende que o mérito é um bem a estimar e deve ser incentivado nas suas variadas vertentes. No mundo atual o mérito é seguramente um fator de competitividade e deve por isso ser estimulado. Consagrou-se assim expressamente no Programa de Governo para a área do desporto o objetivo de promover a melhoria da organização e gestão do movimento associativo, mediante o reconhecimento público das entidades que se distingam na sua atividade e que possam desta forma servir de modelo a seguir.

É pois cada vez mais importante conseguir conjugar os dois grandes valores simbólicos da excelência desportiva que este prémio refere: a qualidade organizativa e a qualidade de desempenho.

Com o prémio de excelência desportiva reconhecemos publicamente que a generalidade do movimento associativo desportivo dos Açores é composta por clubes e associações cujo desempenho motiva o nosso desenvolvimento desportivo.

Assim ganham esses clubes e associações, assim ganham os Açores.

Assim vamos construindo um desporto verdadeiramente açoriano, que é de todos e para todos.

Temos – felizmente – cada vez mais exemplos de que as opções de desenvolvimento que fomos tomando ao longo dos tempos são ajustadas e dão frutos.

Apostámos num alargamento das oportunidades de prática para todos os cidadãos e como resposta possuímos hoje a mais alta taxa de participação federada absoluta que é de 9,63% enquanto no território continental ronda os 5% e na Madeira 7%, correspondendo a que no ano de 2011 se ultrapassasse pela primeira vez as vinte e três mil licenças desportivas.

Demos recentemente uma lição de cidadania ativa e de integração plena dos açorianos, mesmo daqueles que por circunstâncias da sua vida são portadores de deficiência, com a realização do 2.º Campeonato do Mundo de Atletismo para Atletas com Síndrome de Down, e tivemos mesmo o prazer de voltar a ter uma açoriana campeã e recordista mundial, corolário de um projeto de desenvolvimento desta área do qual muito nos orgulhamos.

Mas a preocupação da qualidade está também cada vez mais patente e é transversal a muitas modalidades e em particular junto dos nossos jovens, junto daqueles que acreditamos serem o futuro da nossa Região e a quem queremos criar condições para que possam ter boas oportunidades de vida nos Açores, sem terem que partir, como lamentável e inconscientemente se aconselha por outras partes do País.

Na área do desporto um bom e recente exemplo nos chega com a brilhante classificação obtida na participação nos Jogos das Ilhas: entre 12 regiões e mais de 1200 atletas a representação açoriana alcançou um espetacular 3.º lugar, só ultrapassada por duas regiões italianas, a Sicília e a Sardenha, que, lembremos, no seu conjunto representam quase sete milhões de habitantes e um poderio económico substancial.

Estamos satisfeitos com o que temos conseguido até agora mas não nos acomodamos e temos consciência do caminho que queremos continuar a trilhar, daquilo que precisamos de corrigir e de aperfeiçoar.

Esse caminho vai cada vez mais no sentido da qualidade, no sentido da excelência para que o desporto dos Açores se continue a afirmar como um motivo de orgulho para todos os Açorianos.

E o trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela Associação de Futebol de Ponta Delgada é exemplo disso. Por este motivo merece ser reconhecida publicamente, reforçando as responsabilidades acrescidas que lhe cabem, na convicção de que este prémio será também um forte estímulo para todos os seus corpos sociais, mas em particular para os clubes seus filiados, prosseguirem no trabalho de qualidade a bem da nossa juventude.

É com enorme honra que entrego o prémio de excelência desportiva na Categoria Associação de Modalidade ou de Desportos à Associação de Futebol de Ponta Delgada.”

GaCS

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