sexta-feira, 20 de julho de 2012

Carlos César anuncia avanço imediato do Centro de Radioterapia e critica quem faz campanha eleitoral com este processo


O Conselho do Governo, reunido hoje no Palácio da Conceição, decide, em consonância com a proposta da APIA, qual a empresa que irá criar o Centro de Radioterapia em Ponta Delgada no âmbito da classificação como Projeto de Interesse Regional (PIR).

Carlos César, em declarações aos jornalistas à margem do Conselho, considerou que “o que é importante é que este projeto seja o mais rápido possível. Nós estamos em presença de um universo potencial de meio milhar de açorianos para aceder à radioterapia. Não estamos em presença de uma empresa ou de outra, de jogos de poder e de questões que têm a ver com a campanha eleitoral. O que se está agora a fazer é campanha eleitoral e o que eu estou a tratar já há alguns anos é da existência de um centro de radioterapia. Eu quero esse centro de radioterapia”, frisou.

O Presidente do Governo dos Açores esclareceu, por outro lado, e referindo-se às recentes declarações do líder do CDS-PP-Açores, que “em primeiro lugar nós não omitimos nenhuma informação sobre este processo. Prestamos todas as informações quer do ponto de vista documental quer do ponto de vista presencial e oral perante todos os pedidos de esclarecimento que nos foram feitos. Em segundo o Governo não favorece empresas.

Em terceiro lugar, o Governo escolhe as melhores propostas, nesta como em outras matérias, e no caso são aquelas que tecnicamente são melhores, aquelas que são mais baratas e que representam do ponto de vista da sua concretização no tempo melhores garantias”.

Neste caso isso é feito através de uma proposta que é entregue ao Governo através da APIA, que é a entidade coordenadora da Comissão de Análise dos PIR. Foi entregue ao Governo um parecer de classificação de projeto PIR na área da radioterapia, depois de analisadas quer as propostas iniciais quer as reclamações que foram entretanto feitas.

Com a instalação do centro em São Miguel há uma poupança a prazo, consolidada, independentemente do apoio público que é dado à instalação nos termos que estão legalmente definidos. Mas, segundo Carlos César, “o que é importante sobretudo poupar é o sofrimento de pessoas, de acompanhantes, de famílias, que estão diariamente envolvidas em tratamentos desta natureza. Que além de serem tratamentos que são feitos a pessoas com enormes fragilidades do ponto da vista da sua saúde também são pessoas e famílias com enormes fragilidades do ponto de vista emocional, para além de terem de se deslocar para o exterior. E é isso que nós queremos evitar”.

Ainda segundo o Presidente do Governo, “ é natural que sendo um investimento privado, esse investimento privilegie a sua localização numa ilha onde se estima que um potencial entre 56 e 60% desses doentes residam nela É um processo claro e é com clareza que todas as pessoas percebem que nós estamos a tentar que a construção do centro de radioterapia se faça já, que o sofrimento dessas pessoas que vão para o exterior seja abreviado e que isso seja feito o mais rapidamente aqui e que o que outras pessoas estão a fazer é campanha eleitoral”.

Carlos César diz-se “farto de campanha eleitoral sobre coisas que não podem ser objeto de campanha eleitoral, como é um processo desta natureza”.

Sobre a possibilidade de instalar na ilha Terceira também um serviço desta natureza, o Presidente do Governo diz que existiram “referencias várias e houve também um pedido da APIA no sentido de haver uma proposta efetiva sobre isso e não chegou efetivamente uma proposta concreta sobre essa matéria”. No entanto, sublinhou, “ o Governo fez uma coisa muito importante: ao construirmos um novo hospital na ilha Terceira, nós acautelamos, do ponto de vista do programa funcional e do ponto de vista das suas instalações, o lugar e as instalações próprias para, um dia havendo essa possibilidade, ser mais fácil fazer essa instalação”.


Anexos:
2012.07.20-PGR-CentroRadioterapia.mp3



GaCS

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