segunda-feira, 23 de julho de 2012

Secretário da Saúde diz que a líder do PSD desconsiderou todos os funcionários da saúde


O Secretário Regional da Saúde acusou hoje a líder do PSD de desconsiderar o trabalho de mais de 4.500 funcionários do Serviço Regional de Saúde ao apresentar dados que não são corretos.

Referindo-se às críticas feitas por Berta Cabral na conferência sobre saúde realizada em Angra, Miguel Correia, em declarações à margem da visita ao Centro de Oncologia dos Açores, disse que os dados apresentados não correspondem à realidade.

“Não é verdade que a capitação de médicos por habitante, nos centros de saúde, em 1991, fosse superior à que temos agora, uma vez que presentemente temos a maior capitação de sempre”.

“Também não é verdade que as consultas de clínica geral em 1995 eram superiores às que se fazem agora, porque em 1995 tudo contava como consulta, contava a renovação de uma prescrição, um atestado médico ou qualquer contacto indireto. Mas a partir do ano 2000 deixou de se fazer a estatística desse modo. Se quisermos fazer hoje uma estatística na mesma base, teríamos de juntar 80 mil contactos indiretos, o que faria com que se verificasse um aumento de 19% e não uma diminuição de 20%”.

“São factos que merecem ser esclarecidos, porque não correspondem à verdade e quando se utilizam factos para evidenciar o mau funcionamento de um serviço e esses factos estão errados, aquilo que se está a fazer é a desconsiderar o trabalho de mais de 4.500 trabalhadores no Serviço Regional de Saúde e isso nós não podemos aceitar”, comentou Miguel Correia.

Relativamente às críticas do líder do PP sobre a instalação do centro de radioterapia nos Açores, o Secretário Regional da Saúde voltou  afirmar que não foi ocultada nenhuma informação na Comissão Parlamentar de Inquérito à Saúde. “Prestámos todos os depoimentos necessários. Portanto, se alguém não ouviu ou fez de conta que não ouviu, para depois vir dizer que se mentiu lá dentro, eu considero isso muito mau politicamente, muito baixo até”, observou Miguel Correia.

Houve, de facto, uma decisão inicial que já considerava a proposta da empresa “Quadrantes” como Projeto de Interesse Regional. Não era ainda a decisão do Governo mas da Comissão de Acompanhamento dos Projetos de Interesse Regional. Mas depois houve uma contestação e o processo foi suspenso.

Voltou a ser analisado e foi, por fim, feita a proposta ao Conselho do Governo.

O Secretário da Saúde disse que “foi escolhida a melhor proposta, a que tem os preços mais baixos e a que entra em funcionamento o mais rapidamente possível. Estamos satisfeitos e queremos agora começar rapidamente a obra”.

“Não me admira que alguém venha dizer que foi escolhida a que já se esperava, porque esta era, de facto, a melhor proposta desde o início”, comentou o Secretário da Saúde.


Anexos:
20120723-SReS-Oposição.mp3


GaCS

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