
"Estamos hoje a dar seguimento a mais um compromisso do Governo dos Açores para com a Juventude: a Academia de Juventude de S. Miguel, por enquanto apenas em projeto mas já com o seu modelo de funcionamento definido e a sua estrutura orgânica estabelecida.
Tal como nos comprometemos, e tal como o Senhor Diretor acabou de vos transmitir, seguiremos, no caso da Academia de Juventude de S. Miguel, um modelo descentralizado, adaptado por isso à dimensão da ilha, aproveitando as capacidades instaladas e as vocações tradicionais de vários polos de produção artístico-cultural existentes em S. Miguel.
Mais do que um só edifício, a Academia de Juventude de S. Miguel será uma estrutura multivalências, que aproveitará os diversos equipamentos públicos existentes na ilha como sedes de criação, experimentação e formação nas várias áreas criativas que iremos trabalhar – das artes plásticas ao multimédia, da música às artes performativas – bem como fornecerá os meios técnicos e os palcos necessários à posterior divulgação dos produtos que resultarem desse trabalho.
Paralelamente, num núcleo central a edificar junto ao espaço que nos encontramos, teremos a funcionar a PDL Creative Factory, unidade central de toda a estrutura e que será, em simultâneo, o polo ligado à música, som, cinema e vídeo e fotografia, e o espaço de gestão estratégica e administrativa da Academia. Este será, na prática, o único investimento físico a realizar para viabilizar todo o projeto e, mesmo assim, aproveitará o edifício pré-existente, procurando conferir-lhe a modernidade arquitetónica e as condições técnicas necessárias às funcionalidades que se pretende que ele tenha.
Todo este projeto não nasce no vazio e surge em coerência com o esforço estratégico que o Governo dos Açores tem desenvolvido, no âmbito das suas políticas de Juventude, relativamente às áreas das indústrias culturais e criativas, da inovação e do empreendedorismo jovem.
Criámos programas de formação específica em inovação e empreendedorismo para os vários ciclos de ensino; desenvolvemos programas de apoio e fomento à iniciativa empresarial dos jovens; demos início à rede de Academias da Juventude apoiando o projeto da Academia da Ilha Terceira, na Praia da Vitória, quer na sua fase de construção quer quanto ao desenvolvimento do seu plano de atividades; criámos programas de valorização, reconhecimento e apoio ao desenvolvimento dos jovens criadores açorianos, com o sucesso que se conhece, como são os casos do LABJOVEM e do PÕE-TE EM CENA…
…enfim, criámos um conjunto articulado de projetos, programas e medidas, que, no seu conjunto, configuram uma opção estratégica e uma política pública direcionada para o aproveitamento da capacidade natural dos jovens para inovarem, ousarem, criarem e alargarem, com a sua inspiração e com o seu trabalho, as suas possibilidades de emancipação e realização profissional.
Estamos, pois, a dar seguimento ao contrato que este Governo tem com a juventude açoriana, que não é um contrato a termo de três meses, com objetivos puramente eleitoralistas, que não se consubstancia em encontros de sábado à tarde, mas que é um contrato por tempo indeterminado, assente numa vínculo sólido, com garantias e resultados, que já dura há 16 anos.
Apostámos na mobilidade interna e externa da Juventude açoriana – através de instrumentos como o Cartão Interjovem, por exemplo – quando os jovens dos Açores não se conheciam uns aos outros, não conheciam a ilha ao lado, não tinham noção da amplitude e diversidade da sua própria Região;
Apostámos no fomento do Associativismo Jovem, libertando para esse efeito verbas significativas em parcerias diversificadas, numa altura em que havia diversas ilhas da Região que não tinham qualquer associação juvenil e em que a quantidade e qualidade da ação cívica dos jovens deixava muito a desejar;
Apostámos na valorização da formação em ambiente informal, na ocupação dos tempos livres, na oferta de atividades de campos de férias, no voluntariado jovem e na promoção de hábitos de vida saudável, diversificando os programas e instrumentos de apoio aos dispor das entidades parceiras;
Num período de instabilidade económico-social e de maiores dificuldades financeiras no todo nacional, motivadas pela crise euro-americana das dívidas soberanas, apostámos na majoração dos apoios ao arrendamento por jovens casais, acentuámos a aposta nos programas de estágio e de abordagem inicial ao mercado de trabalho, criámos programas de requalificação dos jovens com formação superior em áreas de menor empregabilidade (como é o caso do recente “L+”).
Não fizemos ainda tudo o que há a fazer, nem fizemos tudo bem feito, mas temos a certeza de termos ajudado a tornar os Açores numa Região muito mais consciente do seu potencial humano, da importância da qualificação da sua juventude e da necessidade do investimento constante em mecanismos de apoio às políticas direcionadas para os jovens.
Aqueles que agora propõem contratos e cláusulas, e falam em inovação, em base tecnológica, em transversalidade e novas oportunidades, quando saíram do Governo deixaram:
0 jovens açorianos em programas de intercâmbio e mobilidade;
0 jovens açorianos com acesso a campos de férias;
0 jovens açorianos com acesso a redes de informação juvenil;
0 jovens açorianos com formação em empreendedorismo, autoemprego e inovação;
menos 400% de jovens integrados em associações juvenis;
e menos 3000% de entidades parceiras e associações de âmbito juvenil.
Quem tem um histórico destes, teria enormes dificuldades, não são em perceber as dinâmicas da juventude açoriana de hoje em dia, como em cumprir o que diz querer fazer."
GaCS
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