sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carlos César diz que a “cumplicidade construtiva” entre os agricultores e o Governo deve continuar


Para o Presidente do Governo dos Açores a inauguração hoje da obra de expansão da fábrica da Unileite, foi mais um passo importante num caminho de progresso, de consolidação desta unidade industrial, da sua afirmação no plano regional, nacional e nos mercados internacionais. “Um caminho que deve continuar com esta cumplicidade entre agricultores, empresários agrícolas, gestores industriais e comerciais e Governo. Para que este sector se afirme, se consolide e contribua para a riqueza regional”, afirmou Carlos César.

Trata-se de um investimento apoiado pelo Governo Regional em cerca de 19 milhões de euros, que “mostra o bom uso dos nossos recursos financeiros públicos, que temos sabido direcionar e orientar no sentido do acautelamento do nosso tecido produtivo e das nossas finanças publicas regionais” acrescentou o Presidente do Governo.

A expansão da fábrica de lacticínios da cooperativa Unileite, localizada na freguesia dos Arrifes, no concelho de Ponta Delgada, que teve um custo total de 30 milhões de euros. Com 674 associados e 232 colaboradores, passa a ter capacidade para receber 600 mil litros de leite por dia. No último ano, a fábrica da Unileite faturou 60 milhões de euros.

A Unileite passa a ter a capacidade de transformação da totalidade do leite produzido pelos seus associados, pode reduzir os volumes enviados para transformação em pó, aumenta a valorização do leite porque permite a sua transformação em diversos produtos de maior valor acrescentado, pode diversificar a sua produção, otimizar as estruturas de custo da empresa e  fica dotada de um melhor potencial para assegurar os atuais mercados onde está implantada e para conquistar novos mercados de exportação.

“Este investimento é precisamente o momento em que assinalamos a conclusão de um trabalho difícil, persistente e prolongado. De uma cumplicidade construtiva que nos une”, realçou Carlos César, “é com essa cumplicidade destes atores da nossa vida económica, que devemos continuar a trabalhar face às mudanças contínuas que se operam na produção e nos mercados para defender a nossa agricultura, a nossa produção industrial e todos os que trabalham nestes sectores e adquirem rendimentos por via desse trabalho”.

"É mais um bom investimento do empresariado agrícola, na fileira do leite, na especialização e valorização produtiva dos Açores, da atividade exportadora, enfim, na sustentabilidade da nossa economia", sustentou.

Carlos César recordou que quando assumiu funções de presidente do Governo Regional, em 1996, encontrou o sector agropecuário “no caos”, uma fábrica "quase a fechar as portas" e a agricultura "em situação de pré-falência", mas sublinhou que, passados estes anos, o sector modernizou-se.

Ao contrário do acontecia em 1996, em que só Açores estavam em crise e esta não se verificava no resto do país nem na Europa, “nós hoje vivemos uma situação de dificuldade nos Açores que é adensada pela circunstância de termos uma terrível crise financeira nacional, europeia e de algumas economias de referencia internacionais. Temos, por isso, que fazer o máximo por nós, utilizar o máximo das nossas forças, do nosso rigor, do nosso talento e da nossa capacidade de resistência. Os problemas, tal como, infelizmente, a maior parte das soluções estão hoje mais fora dos Açores do que dentro dos Açores”, salientou.
Investimentos como o da Unileite “são justamente os que se recomendam em tempos como os atuais, de dificuldades. São investimentos que infraestruturam a nossa economia e que nos conferem mais defesas”, referiu.

A Unileite fica com mais força para resistir aos desafios que já sabemos que serão crescentes e corresponder ao interesse que a marca “Açores” começa a suscitar a nível internacional devido ao trabalho de anos de investimento na promoção por parte do Governo.

Carlos César alertou ainda para os desafios da desregulação crescente dos mercados e a extinção do regime das quotas leiteiras ma União Europeia. “Só a eficiência, o rigor, a disciplina de gestão e a qualidade permitirão resistir numa situação de desregulação e de liberalização”, disse.

O Presidente do Governo terminou a sua intervenção com uma palavra de “justificada esperança para o sector agrícola”, porque tem uma vitalidade que o afirma como importante e de progresso nos próximos anos. “É importante que contribua como nunca até hoje para o crescimento da economia regional”, concluiu.


Anexos:
2012.07.27-PGR-InauguraçãoExtensãoUnileite.mp3


GaCS

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