sexta-feira, 17 de junho de 2011

Esclarecimento da Secretaria Regional da Presidência


Na sequência do artigo de opinião da Deputada ao Parlamento Europeu Maria do Céu Patrão Neves, publicado no dia 17 de Junho nos jornais “Açoriano Oriental” e “Diário Insular”, o Governo dos Açores presta o seguinte esclarecimento:

Refuta-se peremptoriamente a acusação da autora de que o Governo dos Açores reclame “para si o poder de impedir os eurodeputados (ou a eurodeputada...) de promoverem iniciativas no âmbito das actividades do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal”, em particular, no que diz respeito à inauguração da exposição “Portugal Europeu”, que decorre hoje, na Horta.

Esta é, aliás, uma afirmação que, além de ser falsa, é desprovida de qualquer sentido, só se compreendendo no contexto de uma actuação em que o “interesse partidário” da deputada Patrão Neves “fala mais alto” do que o interesse superior dos Açores, com a consequente procura de pretensos “casos” e conflitos com o Governo dos Açores.

A exposição “Portugal Europeu” é uma iniciativa do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, que é trazida às nove ilhas do arquipélago em parceria com Governo dos Açores, entre os meses de Junho e Setembro de 2011.

O formato da inauguração da exposição foi previsto de acordo com o seu tema, a saber, uma cerimónia breve, em redor das relações entre Portugal e a Europa e, em particular, no âmbito das celebrações dos 25 anos de Portugal na UE.

Os deputados açorianos ao Parlamento Europeu foram - saliente-se - convidados para serem os oradores principais da cerimónia de inauguração, a cujas intervenções seguir-se-á uma breve visita guiada à exposição, para todos os presentes.

Foi, assim, entendido, que a sugestão da deputada europeia em fazer, no mesmo momento, o lançamento de um dicionário de termos europeus não se enquadrava com o tema específico da sessão, bem como no formato, tempo limitado e local, mas que certamente seria adequada a um outro momento dos 3 meses de itinerância da exposição pelos Açores, enriquecendo e dando destaque, assim, à iniciativa.

Esta posição, de lógica facilmente compreensível e que nada tem de política, foi comunicada ao Gabinete do Parlamento Europeu, tendo a mesma sido explicada, pessoalmente, à Deputada Patrão Neves.

Lamentavelmente, em vez de propor associar-se num outro momento, enriquecendo assim uma iniciativa que é do Gabinete do Parlamento Europeu e do Governo dos Açores, a Deputada Patrão Neves prefere tentar criar um pretenso “caso” político.

Pelo contrário, a postura do Governo dos Açores é, e sempre tem sido, de colaboração, disponibilidade e responsabilidade no relacionamento com os deputados açorianos ao Parlamento Europeu, na defesa dos superiores interesses da Região Autónoma dos Açores.
Aliás, a Deputada Patrão Neves tem sido convidada pelo Governo dos Açores para participar como oradora destacada em eventos de grande relevância política, organizados pelo Governo ou em parceria ( como por exemplo, na Assembleia Geral da Comissão das Ilhas da CRPM ), caindo assim por terra qualquer tentativa de associar o Governo dos Açores a uma pretensa posição contrária à visibilidade e participação dos eurodeputados ( ou da eurodeputada ) em quaisquer iniciativas.

Em suma, não houve qualquer tentativa de “impedir os eurodeputados” de, individualmente ou associados ao Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, desenvolver as iniciativas que por bem entendam e, em particular, de lançamento de um dicionário, hipóteses que, por si só, são totalmente descabidas de sentido.

A Deputada Patrão Neves, em vez de promover o “espírito europeu”, prefere lançar, em função dos seus “interesses partidários”, suspeições infundadas e afirmações falsas sobre a actuação do Governo dos Açores, cuja postura se mantém, não obstante, empenhada na divulgação da Europa e dos seus valores na Região, com elevação e sentido de responsabilidade.


GaCS/GSSRAECE

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