quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Carlos César diz que Angela Merkel desconhece os problemas específicos das regiões ultraperiféricas


Na sequência das críticas que a chanceler alemã Angela Merkel teceu à aplicação dos fundos comunitários na Madeira, Carlos César considera que a chanceler “desconhece o que é fundamental e que caracteriza as realidades insulares, que é a dificuldade de obtenção dos mesmos resultados com o mesmo tipo de investimento entre um território contíguo e um território com a centralidade, por exemplo, do alemão, do que num território ultraperiférico como é o caso da Madeira”.



O Presidente do Governo dos Açores respondia aos jornalistas em declarações à margem da visita estatutária que termina hoje na ilha de São Jorge.


Carlos César acrescentou, no entanto, que, retirado o efeito da zona franca madeirense (responsável pela indução de um acréscimo de 20% a 30% do PIB), “a Madeira tem um PIB semelhante ao dos Açores o que, tendo em conta que teve um investimento ainda maior, tendo em conta que nós temos mais deseconomias porque temos mais ilhas, o nosso investimento e a condução da nossa política nesse domínio teve melhores resultados.


O Presidente do Governo dos Açores afirma que os comissários europeus e o Presidente da Comissão Europeia têm a legitimidade para fazerem certas declarações sobre qualquer componente do território da União Europeia. “E estou à vontade porque o Presidente da Comissão Europeia fez declarações muito positivas elogiando o desempenho dos Açores na aplicação dos fundos comunitários”, sublinhou, “mas não me parece que um chefe de estado ou de governo de um país, que é responsável político de um país, possa falar com esta liberdade sobre outras regiões, sobretudo ignorando a diferenciação que existe e o resultado em termos multiplicadores que existe de um mesmo investimento com a centralidade e o carácter ultraperiférico madeirense”.



GaCS

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