Segundo Miguel Correia “com estes acordos esperam-se melhores benefícios para as pessoas e para as famílias”.
O objetivo é atualizar os protocolos vigentes, que datam de 1983, no sentido de promover uma maior e melhor articulação com os Serviços de Saúde.
Desde logo a admissão de utentes do Serviço Regional de Saúde para as Casas de Saúde passa a efetuar-se, exclusivamente, por referenciação hospitalar, indicando a tipologia de cuidados e recomendando a modalidade assistencial designadamente em termos do tempo de internamento que pode ser de curta, média e longa duração.
Após a alta, as casas de saúde voltam a referenciar para o hospitais de modo a que seja providenciado o devido acompanhamento seja pelo próprio hospital, pelo médico de família ou, quando for o caso, pelas unidades de cuidados domiciliários, de modo a que haja um acompanhamento do doente e apoio aos familiares, a fim de evitar que, por falta da ajuda e de tratamento adequados, o doente volte a ter de ser internado.
“No fundo passa a haver uma responsabilização conjunta das casas de saúde, dos hospitais e das unidades de saúde e uma maior articulação com as unidades de saúde de ilha da área de abrangência do utente, traçando-se em conjunto um plano de intervenção para o mesmo”, explicou Miguel Correia.
Estes acordos abrem também hipóteses de outras modalidades de assistência como a área de dia que pode englobar acompanhamento psicoterapêutico, acompanhamento clínico quando necessário e acompanhamento ocupacional e a criação de equipas de saúde mental domiciliário em articulação com as unidades de saúde de ilha da respetiva área de abrangência.
A partir do segundo trimestre de vigência destes acordos, deverá ser constituído um grupo de trabalho com representantes das casas de saúde, da Secretaria da Saúde, da Saudaçor, dos cuidados primários e cuidados hospitalares, para avaliação e reestruturação das modalidades de assistência, no sentido de privilegiar a assistência em ambulatório e na comunidade.
Só em função das conclusões desse grupo de trabalho serão revistas as formas de financiamento que, de acordo, entre as partes, neste momento, não sofrem qualquer alteração.
O Secretário da Saúde sublinhou ainda “o bom diálogo que esteve sempre presente da parte dos intervenientes na revisão do presente acordo” e registou, em nome do Governo do Açores, “o relevante trabalho que estas duas instituições, o Instituto Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e o Instituto S. João de Deus, têm desempenhado na Região Autónoma dos Açores, ao longo dos tempos, no âmbito da psiquiatria e saúde mental, da reabilitação psicossocial e reinserção social”.
Anexos:
2012.07.05-SReS-CasasSaúde.mp3
GaCS
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