quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Especialização inteligente dos Açores é essencial para acesso aos fundos comunitários, afirma Brito e Abreu

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia disse hoje, na Horta, que o Governo dos Açores quer "criar condições que desenvolvam competências na Região e que a tornem competitiva em áreas de maior valor acrescentado”.

Fausto Brito e Abreu falava na abertura de um seminário sobre a criação de clusters nos Açores, onde salientou que a ligação da Ciência ao meio empresarial é “uma prioridade” do Executivo.

Este seminário realizou-se no âmbito da Estratégia de Investigação e Inovação para a Especialização Inteligente da Região - RIS3 Açores, a implementar até 2020 e que apresenta três áreas prioritárias, nomeadamente ‘Pescas e Mar’, ‘Agricultura, Pecuária e Agroindústria’ e ‘Turismo’.

“Subjacente a estes três pilares está a qualidade ambiental e a conservação da biodiversidade como uma dimensão transversal sem a qual não temos nem Turismo, nem Pescas, nem Agroindústria”, frisou.

Brito e Abreu referiu que “os seminários que se estão a realizar são um passo pré-definido pela Comissão Europeia, que exige que sejam criados grupos temáticos, ou seja, os clusters, que terão acesso facilitado aos fundos do próximo quadro financeiro de apoio”.

“Para que esta estratégia RIS3 seja implementada nos Açores com sucesso precisamos que haja cooperação entre as empresas, a universidade, as entidades públicas e as associações empresariais da Região”, sustentou.

“Devemos focar o investimento em investigação e inovação, em primeira instância, nos pilares da Estratégia RIS3”, defendeu o Secretário Regional, frisando que estes seminários podem funcionar como “plataformas de diálogo entre os vários agentes, de modo a encorajar a criação de uma rede de parcerias”.

“Devemos ter capacidade de competir pela qualidade e pela diferença”, disse Brito e Abreu, apontando “a consolidação das atividades marítimas tradicionais”, como a pesca, o transporte marítimo, a náutica desportiva e de recreio e o turismo, mas também “o desenvolvimento de novas atividades económicas”, como a aquacultura, a biotecnologia marinha ou a exploração de recursos minerais marinhos, como o caminho a seguir no âmbito do eixo ‘Pescas e Mar’.

Para o eixo ‘Agricultura, Pecuária e Agroindústria’, Fausto Brito e Abreu apontou “a necessidade de investigar e desenvolver novas técnicas de processamento, conservação e embalagem, que permitam facilitar o acesso a novos mercados e valorizar os produtos”.

No que respeita ao eixo do ‘Turismo’, o Secretário Regional defendeu que é preciso “definir e consolidar produtos turísticos específicos da realidade açoriana, que se baseiam em fatores diferenciadores da Região, nomeadamente os recursos naturais e a biodiversidade”.

A Estratégia RIS3 parte da contribuição da Política de Coesão para os objetivos da estratégia Europa 2020 e é uma condição imposta pela Comissão Europeia aos Estados Membros para a mobilização dos fundos do novo Quadro Comunitário de Apoio.

Os seminários sobre a criação de clusters nos Açores, que se destinam a empresários, investigadores, associações profissionais, autarquias e público em geral, já se realizaram na Terceira e no Faial, decorrendo sexta-feira em São Miguel, numa iniciativa onde são desenvolvidos aspetos relacionados com os fundamentos e a importância dos processos de clusterização e se analisa o processo da criação de clusters nos Açores.

Anexos:
2015.02.12-SRMCT-SeminarioClustersRIS3.mp3

GaCS

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