segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Rodrigo Oliveira destaca recetividade dos Açorianos para acolher e integrar refugiados

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas salientou hoje, em Ponta Delgada, a recetividade demonstrada pelas organizações da sociedade civil na preparação para o eventual acolhimento de refugiados nos Açores, frisando que os Açorianos “conhecem bem o valor da integração na sociedade de acolhimento”.

“Os Açorianos conhecem bem o valor da integração, da solidariedade lá fora, onde foram bem acolhidos, onde se integraram muito bem e estou certo, pelo que tenho sentido também por parte da sociedade açoriana e das instituições que a representam, que somos uma região solidária e que não se afasta de dar um sinal efetivo dessa solidariedade e dessa partilha numa situação de urgência humanitária”, frisou Rodrigo Oliveira.

O Subsecretário Regional, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião promovida pelo Governo dos Açores com várias instituições da sociedade civil que manifestaram disponibilidade e empenho em trabalhar na questão do acolhimento de refugiados, defendeu ser “fundamental trabalhar atempadamente para criar as condições para um bom acolhimento a estes refugiados”.

Nesse sentido, a reunião de hoje serviu para fazer um primeiro levantamento das condições logísticas existentes no arquipélago, de forma a “preparar uma resposta ao nível do acolhimento básico, das infraestruturas, do alojamento, da alimentação, dos cuidados básicos de saúde, da educação”.

Rodrigo Oliveira frisou que ainda não foram tomadas decisões importantes neste processo ao nível europeu, pelo que considerou ser “prematuro” adiantar qual será o número de refugiados que poderão ser acolhidos nos Açores, admitindo, no entanto, que, num primeiro momento, a Região poderá receber quatro dezenas dos cerca de 1.500 que serão recolocados em Portugal, se o cálculo tiver em conta o peso populacional do arquipélago no todo nacional.

“Nesta fase, estamos a fazer um levantamento muito objetivo das condições que existem nos diversos concelhos e ilhas da Região. Mais do que saber se vão ser distribuídos ou não pelas ilhas, importa saber, neste momento, que locais têm condições, não apenas de alojamento, mas também de toda uma série de serviços e de apoios sociais, escolares, de saúde, que permitam acolher estes refugiados”, afirmou.

Rodrigo Oliveira salientou, por outro lado, que também ainda não foi definido a nível nacional como será feita a distribuição das verbas atribuídas pela União Europeia, que ascendem a cerca de seis mil euros por refugiado, por dois anos.

“Este montante será entregue ao Estado, sendo necessária a definição, a nível nacional, de como vai ser feita essa distribuição”, frisou.

Na reunião de hoje, além de representantes das secretarias regionais da Solidariedade Social, da Saúde e da Educação e Cultura, estiveram também presentes a Associação dos Imigrantes dos Açores (AIPA), Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, Serviço Diocesano para a Pastoral Social, Cáritas Diocesana dos Açores, União Regional das Misericórdias, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ARRISCA, Associação Novo Dia, Banco Alimentar contra a Fome e CRESAÇOR.

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GaCS

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