sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Rodrigo Oliveira elogia “vitalidade” das comunidades açorianas na Diáspora

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas salientou, em Montreal, no Canadá, a “vitalidade” das comunidades açorianas na Diáspora, considerando essencial para o desenvolvimento da Região o “importante papel” que as Casas dos Açores desempenham para a afirmação do arquipélago no mundo.

“Só assim será possível intensificar e aprofundar o nosso relacionamento, conquistar mais espaço de atuação e, acima de tudo, valorizar as nossas ilhas e o nosso Povo”, afirmou Rodrigo Oliveira, que falava quinta-feira na sessão de abertura da XVIII Assembleia Geral do Conselho Mundial das Casas dos Açores (CMCA).

Rodrigo Oliveira, que presidiu à sessão em representação do Presidente do Governo, Vasco Cordeiro, salientou o crescente alargamento da “abrangência e projeção territorial” desta rede de instituições açorianas na Diáspora, que eram apenas nove em 1997, são atualmente 13 e deverão crescer para 15 num futuro próximo com a adesão da Casa dos Açores da Baía, no Brasil, e da Casa dos Açores das Bermudas, recentemente criada e que participa nesta reunião como observadora.

“Tal facto demonstra bem a vitalidade e a dinâmica das nossas Comunidades”, frisou o Subsecretário Regional.

Na sua intervenção, Rodrigo Oliveira salientou também a presença no encontro de representantes dos partidos com representação na Assembleia Legislativa dos Açores, considerando que ela representa um “sinal inequívoco da importância que ambos os órgãos de governo próprio da Região – Governo e Assembleia - assumem no relacionamento entre a Região e as Comunidades da Diáspora”.

“Aquilo que nos é transversal e comum é uma profunda ligação e dedicação aos nossos Açores, à nossa Açorianidade. É este sentimento de afetividade, de ligação, de amizade, de amor às nossas ilhas e a tudo o que elas representam que permite aproximar e unir todas estas Casas dos Açores, transpondo, desde logo, as barreiras físicas da distância geográfica entre o arquipélago, Portugal continental, o Canadá, os EUA, as Bermudas, o Brasil e o Uruguai”, afirmou.

Nesse sentido, Rodrigo Oliveira salientou a “ação preponderante que as Casas dos Açores desenvolvem, o papel aglutinador da Açorianidade que desempenham, bem como o elevado sentido de responsabilidade que demonstram na prossecução de uma missão que valoriza a imagem das Comunidades e prestigia os Açores, os Açorianos e a Açorianidade em tantas partes do mundo”, frisando a forma como se “têm adaptado aos tempos e às necessidades” das comunidades emigradas.

“As Casas dos Açores souberam, eficazmente, aliar-se aos desafios atuais e às prioridades definidas pela conjuntura em que vivemos”, afirmou, destacando a forma como estas instituições se abriram a novas áreas de atuação, como o apoio social e a captação de investimentos, sem descurarem a sua principal missão de apoiar os emigrantes Açorianos e preservar a identidade cultural das nove ilhas.

“O Governo dos Açores, consciente deste papel primordial das Casas dos Açores, tem mantido e incrementado uma estreita parceria com todas, dispensando sempre a melhor atenção às necessidades e especificidades de cada uma, de acordo com as aspirações das comunidades que servem”, afirmou Rodrigo Oliveira.

Na sua intervenção, o Subsecretário Regional recordou que “as Casas dos Açores não são propriedade pública, não se criaram por decreto, nem funcionam por vontade política”, acrescentando que “são a emanação genuína de uma comunidade que está viva, que se afirma na sua singularidade e na sociedade onde se insere, que honra os laços que a unem às suas origens culturais e afetivas”.

Rodrigo Oliveira recordou que “foi a Autonomia dos Açores” que permitiu criar este relacionamento privilegiado e de grande proximidade com a Diáspora e com as suas instituições, mas também a celebração de acordos de colaboração, o apoio financeiro e logístico, a colaboração e parceria na organização de inúmeras iniciativas que levam “um pouco dos Açores e dos Açorianos que estão nas nove ilhas aos Açores e aos Açorianos que estão na Diáspora”, mas que também permitem “levar aos Açores aquilo que é a afirmação da Açorianidade na Diáspora”.

Nesse trabalho conjunto e permanente entre o Governo e as Casas dos Açores, Rodrigo Oliveira destacou a entrega, este ano, de mais de 600 obras de autores açorianos e de temática açoriana para melhorar o acervo das bibliotecas das Casas dos Açores, assim como o lançamento, previsto para hoje, do Portal do Conselho Mundial das Casas dos Açores na Internet, que permitirá “melhorar o conhecimento na Região de tudo aquilo que é feito pelas Casas dos Açores”.

Por outro lado, revelou que será realizada, em outubro, uma ação de formação específica durante cinco dias que permitirá dotar as Casas dos Açores com instrumentos e informações sobre a Região, criando, desta forma, condições para que possam melhorar a sua atuação enquanto “embaixadas dos Açores” nas comunidades em que se integram.

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GaCS

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