terça-feira, 1 de março de 2011

Personalidades como Armando Cortes-Rodrigues não "serão esquecidas porque preservamos" o património cultural açoriano



Nos Açores a cultura não é “entendida como o parente pobre do investimento público”, ao contrário do que acontece em outras regiões, ao contrário, é um “valor que preservamos” porque marca a identidade açoriana, referiu ontem à noite o Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.

José Contente, que falava em representação do Presidente do Governo dos Açores na sessão comemorativa dos 120 anos do nascimento de Armando Cortes-Rodrigues, reafirmou a preocupação do executivo regional em valorizar e conservar o património material e imaterial dos Açores, através da recuperação de imóveis com valor cultural, criação de museus, apoio a iniciativas desta natureza, entre outros, “enquanto marcos da autenticidade da nossa autonomia".

Na Casa da Escrita, em Ponta Delgada, o governante disse que “dedicamos cinco por cento do investimento à cultura, 23 milhões de euros, porque a valorizamos, para nós não é o parente menor, ao invés disso, reconhecemos e apoiamos os nossos valores culturais, que constituem a nossa história, homenageamos os vultos que marcam a nossa identidade e de quem nos orgulhamos enquanto açorianos”, como é o caso do poeta, dramaturgo, cronista e etnógrafo Armando Cortes-Rodrigues.

O Secretário Regional acrescentou ainda que o Governo açoriano, através da Direcção Regional da Cultura, protocolou novas valências para a Casa da Escrita, sede do Instituto Cultural de Ponta Delgada, no sentido de mediatizar a cultura e levá-la até junto do público, sobretudo os mais jovens.

“Esta é a Casa da Escrita, da palavra, do pensamento, de ideologias e de pessoas que têm visões distintas da Terra, do Homem, mas que contribuem para a elevação dos ambientes culturais”, sublinhou José Contente, que valorizou também a etnografia enquanto qualificação da actividade e do património cultural como factores auxiliares de valorização da sociedade açoriana.

O governante acredita que as próximas gerações irão falar sobre Armando Cortes-Rodrigues e outros importantes vultos da açorianidade porque estão criadas as estruturas e os espaços que arquivam e preservam o passado, tornando-o sempre presente.



GaCS/VS

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