
Os projectos estruturantes que o Governo Regional tem executado na área da ciência e Tecnologia transformaram a ultraperiferia regional em centralidade atlântica. Esta foi a mensagem transmitida ontem à noite, pelo Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.
José Contente, que falava na cerimónia de apresentação do último livro do professor Carlos Amaral, sublinhou que o exectivo açoriano sempre apoiou e continuará a apoiar os projectos científicos e tecnológicos que tenham impacto positivo nos Açores.
O governante relembrou, a título de exemplo, a instalação da estação espacial em Santa Maria, a única da Agência Espacial Europeia em território nacional e que suscitou o interesse da soberania portuguesa em instalar, também em Santa Maria, o Centro de Vigilância Marítima do Atlântico Norte. A monitorização do trajecto dos foguetes lançados na Guiana francesa com destino à Estação Espacial Internacional, e a vigilância do Oceano Atlântico, emitindo alertas perante derrames de combustível, prestigiam a operacionalidade da estação mariense.
No domínio da tecnologia espacial, José Contente destacou ainda a importância da NEREUS, associação das regiões europeias que utilizam tecnologia espacial, na qual os Açores são um dos sócio fundadores e lideram o grupo de trabalho Earth Observation/Oceanography (GMES/EO). Recorde-se que a rede NEREUS foi criada com o propósito de permitir que as regiões da Europa tenham um papel importante na elaboração e desenvolvimento de programas espaciais europeus.
“É com projectos desta natureza que caminhamos para a afirmação dos Açores. Silenciosamente temos feito uma caminhada de excelência na área da ciência e tecnologia com projectos de prestígio internacional”, afirmou o governante.
Projectos executados pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, como as estações de climatologia Pico NARE e ARM, no Pico e Graciosa, respectivamente; a estação de monitorização de ensaios nucleares, na Graciosa; a aposta na cartografia digital açoriana; e ainda a rede das estações permanentes de radioastronomia e geodesia, têm, segundo José Contente, “reforçado a centralidade dos Açores. Estas infra-estruturas dão visibilidade e importância aos Açores”.
O Secretário Regional define o arquipélago como uma plataforma de cruzamento de experiências, saberes e tecnologias e, com a colaboração da Universidade dos Açores, tem garantido o desenvolvimento geoestratégico da Região.
A obra do professor Carlos Amaral refere que as regiões periféricas são fundamentais para a riqueza e desenvolvimento da Europa e, neste contexto, os Açores têm-se vindo a afirmar como um centro importante de saber e conhecimento. José Contente teceu elogios ao académico por investigar e chamar a atenção para a afirmação das regiões europeias.
A investigação académica agora publicada em livro pela editora francesa l’Hartman, Autonomie régionale et relations internationales. Nouvelles dimensions de la gouvernance multilatérale, foi apoiada pela Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, através da medida de apoio à realização de eventos científicos e à investigação científica.
GaCS







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