segunda-feira, 9 de julho de 2012
José Contente defende que os Açores precisam de defender-se dos novos “piratas e corsários” do século XXI
O Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos defendeu hoje uma estratégia de defesa dos recursos marinhos açorianos, mediante uma visão concertada entre os governantes e a comunidade científica permitindo, desta forma, decisões fundamentadas e sustentadas no conhecimento científico que protejam o “nosso mar dos novos piratas e corsários do Atlântico. Temos que estar irmanados no espírito de que os Açores devem estar, mais uma vez, em primeiro”.
José Contente, que presidiu à sessão de abertura do seminário “Conhecer o Mar dos Açores”, que decorre hoje e amanhã na cidade da Horta, considerou que se deve manter a aposta nos três pilares fundamentais da promoção e defesa pró-ativa dos interesses regionais ao nível do mar: o conhecimento, o planeamento e ordenamento/mapeamento espaciais.
Quanto ao conhecimento, o governante realçou o forte investimento do Governo dos Açores ao nível da investigação científica, dando como exemplo o concurso para atribuição de 60 bolsas de doutoramento, no qual 30 estão ligadas aos assuntos do mar.
Quanto aos outros dois pilares, o Secretário Regional afirmou que muito trabalho de investigação científica tem vindo a ser realizado através do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), da Universidade dos Açores, e isso “traduz o interesse da comunidade científica sobre o mar e os recursos marinhos, que o Governo Regional apoia fortemente”.
No seminário que pretende ser um fórum científico de apoio à decisão, o governante admitiu que não ser “muito adepto, enquanto pessoa com formação na área da geologia, da extensão da plataforma continental. Na minha opinião, isso foi feito com a ideia que a bordadura do continente teria que chegar até às nossas águas, onde não há granitos, há outras rochas que nada têm nada a ver com a plataforma continental”.
José Contente disse ainda que foi apenas com a resolução n.º 9 de 2005, que criou a estrutura de missão para a extensão da plataforma continental, que se passou a dar maior atenção aos assuntos do mar ao nível institucional nacional, enquanto nos Açores o mar sempre foi encarado como um laboratório natural vital para a economia do conhecimento.
“Temos, pela nossa geografia, mas também pela nossa economia, obrigações acrescidas, sermos pioneiros e pró-ativos na defesa intransigente dos nossos recursos”, acrescentou.
Anexos:
2012.07.09-SRCTE-SeminárioConhecerMardosAçores.mp3
GaCS
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