terça-feira, 3 de julho de 2012

Nunca os Açores tiveram um número tão elevado de jovens açorianos com formação


O Secretário Regional da Presidência afirmou hoje que os Açores têm atualmente “a geração com melhor formação da autonomia”.

No parlamento açoriano, André Bradford lembrou que, se for considerado o período 2007-2011, constata-se que “o número de trabalhadores com formação superior, mas em idade jovem, aumentou de 8869 para 13474”, o que faz com que os Açores tenham “muito mais população ativa com formação superior e idade jovem no mercado”.

No debate do Projeto de Resolução do Bloco de Esquerda, para o “Incentivo à Empregabilidade Jovem”, o Secretário Regional da Presidência salientou que os Açores tiveram assim “um aumento de quase 50% de jovens com formação e como é sobejamente conhecido, temos a geração com melhor formação da autonomia”.

Contrariando as críticas da oposição, quanto a uma alegada “taxa de desemprego jovem açoriana elevadíssima e fora dos padrões da situação que se vive hoje em dia, quer no país, quer na europa”, André Bradford lembrou que “apesar dos níveis de desemprego na Região serem mais elevados do que eram há um ano, apesar de se registar crescimento do desemprego na região e disso preocupar o governo” é preciso que se diga “porque as coisas são como são e os factos são os factos, que, a contraciclo do que se passa no país e em todas as regiões do país, à exceção da região centro, a taxa de desemprego no último trimestre conhecido, baixou nos Açores e portanto, parou com a sua tendência de subida”.
Para o Secretário Regional da Presidência, “esta taxa de desemprego revela, a contraciclo do que se passa no resto do país, uma tendência de sustentação dos valores e até uma certa descida do movimento ascendente que se vinha verificando”.

Apesar do decréscimo, disse, e “reconhecendo o problema político, o governo regional decidiu não só manter o conjunto de medidas que já tinha vindo a desenvolver na área do emprego e da empregabilidade jovem, como reforçá-las num quadro dum pacote específico a que chamou Programa de Emprego e Competitividade e que apresentou em Fevereiro deste ano, começando pouco depois a ser implementado, num conjunto de quase 25 medidas, algumas delas especificamente direcionadas para os jovens”.

André Bradford salientou que é preciso lembrar que “estamos a falar num contexto muito específico de dificuldades acrescidas, de falta de capacidade financeira das empresas, de falta de financiamento bancário à economia e de dificuldade, com medidas de austeridade que impendem sobre as famílias e sobre as empresas e, num contexto desta natureza, consideramos que há necessariamente reflexos negativos sobre a capacidade de criar e fornecer emprego por parte das empresas”.

Desse ponto de vista, disse, “percebe-se que haja uma necessidade de intervenção pública suplementar, agora, isso também não significa que, se proceda a uma transferência de emprego privado, para emprego público, criado artificialmente, a pensar nas incapacidades momentâneas, todos nós esperamos que muito breves ou o mais breves possíveis, da própria economia”.

André Bradford lembrou ainda que o Governo dos Açores tem tomado medidas e criado programas de apoio nesta área, dando o exemplo do de um deles, “do âmbito sectorial, que foi pensado exclusivamente para as empresas de comunicação social, na altura em que se começou a notar uma redução do emprego na área da comunicação social, algumas empresas do sector começaram a despedir funcionários jovens que tinham, com contratação precária, a trabalhar nas suas redações”.

Nessa altura, afirmou, “foi criada esta medida, com um apoio direto à empresa, um apoio monetário, que seria suficiente, segundo os nossos cálculos, para assumir os custos dos encargos decorrentes da contratação dessa pessoa, em termos da Segurança Social, por um ano e meio e nós tivemos até hoje, e com muita pena e lamento da parte do Governo Regional, zero candidaturas”.

André Bradford alertou também para a necessidade de ter em conta que “as empresas têm a sua lógica de funcionamento, procedem, sempre que podem, às adaptações que as dificuldades financeiras e económicas exigem” não sendo por isso líquido que um incentivo da natureza do que o Projeto de Resolução do Bloco de Esquerda propunha, “produza os efeitos que se pretendem imediatos”.


Anexos:
2012.07-03-SRP-ALRAA (1).mp3
 2012.07.03-SRP-ALRAA(2).mp3
 2012.07.03-SRP-ALRAA(3).mp3



GaCS

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