sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Governo dos Açores não precisa da ocorrência de intempéries para estar ao lado dos viticultores, diz Joaquim Pires


As condições climatéricas anormais ocorridas durante o mês de maio do presente ano provocaram estragos na cultura da vinha na ilha do Pico, num período de suscetibilidade elevada do ciclo vegetativo da videira, isto é, da sua floração.

Tal como já aconteceu em anos anteriores, foi feito todo o levantamento da situação, aconselhamento e visitas aos produtores, através de técnicos e pelo envio de ofícios, em tempo oportuno, tentando minimizar os efeitos negativos das intempéries e, acima de tudo, prevenir doenças que não só comprometessem a atual colheita, como colheitas futuras.

“O Governo dos Açores reagiu por antecipação”, referiu hoje o Diretor Regional do Desenvolvimento Agrário, Joaquim Pires, ao comentar declarações públicas da eurodeputada do PSD Açores, Patrão Neves, que visitou os viticultores do Pico, "numa tentativa de aproveitamento político dos momentos em que algo perturba os agricultores, como é o caso concreto de um ano, climatericamente menos bom, para a produção vitícola".

"Curiosamente", acrescentou Joaquim Pires, "no ano passado não se deu conta da eurodeputada ter visitado os produtores de vinha da ilha do Pico, mas fê-lo, este ano, com a intenção única de gerar a confusão e, exclusivamente, especular sobre aqueles que todos os dias labutam arduamente para o progresso da Região".

Ao mesmo tempo, a eurodeputada acaba por reconhecer que se deve “aguardar pelo fim do processo para apurar os números reais do problema”, acabando por sublinhar integralmente tudo aquilo que o Governo dos Açores já anunciou.

O Governo dos Açores já detém regulamentação que habilitará os produtores, no caso específico da vinha, a que o grau de perda de produção será avaliado de acordo com as Declarações de Colheita e Produção apresentadas nos serviços oficiais um mês e meio após o término das vindimas, tendo como referência a média declarada, relativamente aos últimos 5 anos, de 2006 a 2011, excluindo-se o ano de 2010.

"Os viticultores picoenses sabem", lembra Joaquim Pires, "que, só entre o ano de 2005 e 2012, o Governo dos Açores apoiou unicamente através de programas regionais e com verbas exclusivas do seu orçamento, a Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico em 714,6 mil euros para apoio técnico e inovação da sua laboração e produção, bem como a Associação dos Agricultores da Ilha do Pico, em cerca de 455 mil euros, visando em especial, a assistência técnica e proximidade do acompanhamento de técnicos, junto da produção, de modo a melhorar, essencialmente, a sua qualidade".

É também público que são as verbas da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas que, integralmente, suportam as necessidades orçamentais e de funcionamento da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores.

No caso de ainda existirem dúvidas sobre todo o apoio que o Governo dos Açores tem dado aos produtores de vinho da Região, o Diretor Regional destaca ainda o recentemente inaugurado Laboratório Regional de Enologia, construído de raiz na ilha do Pico, uma infraestrutura que a todos deve orgulhar como garante de uma vitivinicultura evoluída, sendo também um dos laboratórios mais modernos do país.



GaCS

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